Totvs (TOTS3) compra empresa de aplicativos financeiros Mobile2you e confirma estratégia; BofA vê espaço para crescimento

Analistas de mercado reiteraram visão positiva para a ação da companhia após aquisição feita por sua subsidiária Dimensa

Equipe InfoMoney

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A empresa de tecnologia da informação Totvs (TOTS3) informou que a Dimensa, sua unidade em parceria com a B3 (B3SA3, comprou a desenvolvedora de aplicativos financeiros Mobile2you por R$ 26,9 milhões.

A Totvs disse, em comunicado ao mercado na segunda-feira à noite, que a aquisição visava ampliar a oferta de produtos e serviços da Dimensa aos clientes e fortalecer sua posição no segmento de tecnologias B2B (quando o cliente é uma outra empresa) para o setor financeiro e fintechs.

As ações chegaram a subir 3,54% na sessão desta terça-feira (1), mas depois amenizaram as altas: às 13h30 (horário de Brasília), os ganhos eram de 0,31%, a R$ 29,16.

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O Itaú BBA avaliou a aquisição da Mobile2you como positiva, sendo a segunda da Dimensa em janeiro, confirmando que a estratégia de crescimento inorgânico da empresa está em pleno andamento.

O múltiplo implícito para a aquisição é um valor da empresa sobre vendas brutas de 2,4 vezes (versus 2,1 vezes para InovaMind), o que BBA vê como positivo porque adiciona novos serviços às soluções da Dimensa, que apoiarão o crescimento sustentável da empresa à frente.

Adicionalmente, o banco estima que a Dimensa ainda tenha um poder de fogo de R$ 550 milhões, que, se utilizado no mesmo nível de avaliação, tem potencial para agregar R$ 230 milhões em receita para a Dimensa, tornando-a mais relevante para a Totvs bem como para seus concorrentes. O Itaú BBA reitera a Totvs como sua principal escolha no setor, com preço-alvo de R$ 36, ou potencial de alta de cerca de 24% frente o fechamento da véspera.

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Já a XP destaca que, apesar do porte pequeno da aquisição, a XP vê aquisição da Mobile2you como positiva, dado que a companhia está fortalecendo sua posição no segmento de tecnologias B2B para o setor financeiro e de fintechs.

A XP mantém recomendação de compra e preço-alvo de R$ 48 por ação para o final de 2022, ou potencial de alta de 65%.

Nesta terça-feira (1), a Totvs ainda teve a recomendação de compra reiterada pelo Bank of America, com preço-alvo de R$ 42 (potencial de valorização de 45%).

Os analistas destacam os principais catalisadores de crescimento da companhia e por que acreditam que uma reclassificação ocorrerá nos próximos anos.

O primeiro ponto é o tamanho do mercado para o segmento de gestão – à medida que a TOTVS expande a implementação por meio da nuvem e melhora sua eficiência, o custo total de um projeto diminui, abrindo caminho para entrar no mercado para clientes menores, ampliando significativamente o mercado endereçável.

O segundo ponto destacado é a avaliação de que a Totvs está aprendendo a alavancar sua vantagem competitiva de dados em ERP (enterprise resource planning, ou sistemas de planejamento de recursos empresariais), levando a uma originação de crédito mais eficiente e escalável.

O terceiro ponto, consonante ao anúncio recente, é o de fusões e aquisições. “As empresas de tecnologia devem ter tudo para crescer, principalmente quando há um ecossistema sendo construído”.

Para os analistas do BofA, há razões para acreditar que a Totvs pode triplicar nos próximos três anos.

À medida que as novas linhas de negócios, como TechFin e Gestão de Negócios, permitem à empresa ampliar os serviços oferecidos aos clientes, seu produto torna-se mais acretivo, auxiliando os clientes a melhorar o desempenho, acessar novas linhas de crédito e aumentar as vendas.

“Com essa nova dinâmica, é justo supor que a Totvs possa  aumentar sua taxa de participação, atualmente em 0,16% versus 0,8% para a VTEX. Executamos diferentes cenários de sensibilidade para entender como o crescimento da taxa de participação impactaria a receita da empresa e descobrimos que, para uma abordagem mais conservadora, para cada aumento de 0,02 ponto percentual, a receita cresceria cerca de R$ 400 milhões. Por outro lado, com uma premissa de crescimento mais agressiva de 0,05 ponto percentual no mercado, descobrimos que a receita poderia aumentar em R$ 1 bilhão”, avaliam os analistas.

Atualmente, os analistas estimam uma taxa de crescimento anual composta (CAGR, na sigla em inglês) da receita entre 2020 e 2025 de 25%.  Se a empresa fosse capaz de aumentar sua taxa de participação em 0,06 ponto, aumentando também a penetração no negócio de SMB, o CAGR para a receita poderia aumentar para 35%, o que acreditam justificar várias “reclassificações” dos ativos.

(com Reuters)

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