Token ambiental permite que empresas e pessoas invistam em preservação ambiental

Os criptoativos são gerados em áreas de preservação protegidas por produtores rurais do Brasil

Lucas Gabriel Marins

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A greentech Grupo Brasil Mata Viva lançou recentemente no mercado brasileiro o “MundiToken”, um token ambiental que dá a empresas e pessoas físicas a possibilidade de reduzir a pegada de carbono e, ao mesmo tempo, transformar a proteção ambiental em um ativo econômico.

As “cripto verdes” da empresa, que ficam registradas em blockchain, são “pedaços” de Unidades de Crédito de Sustentabilidade (UCS). Na prática, essas UCSs são áreas preservadas por 230 proprietários rurais de estados do Norte e do Sudeste do Brasil – há mais de um milhão de hectares de mata nativa protegida. Há também áreas públicas, como a do rio Iratapuru, no Amapá.

Tecnicamente falando, essas áreas são “commodities ambientais” ESG (meio ambiente, social e governança), que contemplam 27 serviços ambientais de preservação ecossistêmica, como regulação do clima, fluxo hidrológico e preservação da fauna e da flora nativa. Serviços ambientais sistêmicos são aqueles que a natureza desempenha de forma natural, beneficiando o homem.

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Essas UCs, segundo o Grupo Brasil Mata Viva, foram registradas na B3 como uma CPR Verde. Criadas em outubro de 2021 pelo governo federal, essas CPR Verdes são títulos que recompensam os produtores que preservam a parcela de vegetação nativa de suas propriedades.

“A retomada econômica nesse cenário pós-pandemia passa pela conservação ambiental”, disse Maria Tereza Umbelino, CEO e fundadora do BMV. “Para isso, desenvolvemos uma metodologia própria, que permite que as empresas, independentemente do porte e segmento, possam reduzir os seus impactos ambientais”.

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Toda a metodologia envolvendo as UCs e os tokens foi desenvolvida ao longo de dez anos pela empresa com apoio científico da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Qualquer floresta, seja ela pública ou privada, pode gerar unidades de crédito de sustentabilidade, desde que atenda os critérios necessários.

De acordo com a greentech, no Brasil será possível produzir 9 bilhões de UCS, um um mercado que tem potencial para movimentar cerca de R$ 1,3 trilhão dentro do universo ESG, disse a empresa.

Lucas Gabriel Marins

Jornalista colaborador do InfoMoney