TIM (TIMS3) quer crescer em segmento corporativo e modernizar operação em São Paulo

O executivo afirmou que melhoras no cenário macroeconômico podem facilitar a inserção da companhia em segmento B2B, em novo episódio do InfoMoney Entrevista

Camille Bocanegra

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Melhoras no cenário macroeconômico podem permitir expansão da TIM em segmento corporativo, em setores como agronegócio e utilidades, diz Alberto Griselli, presidente da companhia, em conversa exclusiva ao InfoMoney Entrevista durante o XP Brazil CEO Conference 2025.

“O Fundo 5G traria inovação para o segmento B2B”, diz Griselli, sobre a estratégia de expansão no mundo corporativo. “O fundo tenta encontrar empresas que se encaixam nessas verticais”, afirma o CEO.

A intenção é que haja investimentos em empresas que operam em verticais próximas do previsto pela companhia, ainda que o CEO ainda não antecipe quais. “Queremos crescer nessas verticais”, diz, sobre inserção no setor do agronegócio e de utilidades (fornecimento de água e energia, entre outros segmentos).

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Griselli afirma que, para a TIM, a geração de caixa é uma combinação de vários fatores: crescimento de receita saudável, expansão da margem, produtividade e controle de investimentos, destacando a importância de entrega de valor para acionistas. “Alguns anos atrás, o dividendo era bem menor e, conforme conseguimos implementar o nosso plano, o dividendo vem aumentando”, diz.

Sobre o cenário macroeconômico, o executivo diz que as perspectivas eram diferentes quando foi elaborado o orçamento para 2025. “Na medida que o cenário começou a mudar, nós começamos a operar de duas formas: com revisão da demanda dos nossos clientes e, também, do ponto de vista interno, com bastante rigor na aplicação do recurso para algo que faça realmente sentido”, diz.

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A incerteza ainda persiste, segundo Griselli, mas olhando os dados fundamentais para a economia, o quadro parece melhor, com perspectiva de controle de inflação e chances de redução da Selic. A maior variável seria o câmbio, que impacta os cursos, mas já levou a TIM a negociar com parceiros para minimizar efeitos de flutuação do dólar. “Olhando para frente, eu vejo um quadro melhor do que vivenciamos em 2025”.

Inovação em São Paulo

A região de DDD 11 (como é chamada a área em São Paulo) tem sido alvo de investimentos da TIM também. “Este ano, decidimos fazer uma investida além no estado de São Paulo, onde decidimos trocar toda a planta. É a maior modernização que já fizemos na nossa história”, diz. O objetivo, segundo o CEO, é não somente melhorar o serviço como também a eficiência para a companhia.

A expectativa é que o processo termine em novembro. “Estamos no processo de migrar 3 mil antenas em São Paulo, para garantir a tecnologia mais moderna na região”, diz. As alterações fazem com o que o serviço torne-se mais competitivo, com mais velocidade e qualidade do sinal.

“Na medida que investimos na qualidade de serviço, também investimos em alavancas comerciais, como mais pontos comerciais, mais presença de mídia em São Paulo”, exemplifica Griselli. O executivo afirma também que há programa similar em Minas Gerais, que é outro mercado visto como “prioritário” para a companhia.