TIM destaca planos para fibra óptica e se diz confiante com aprovação da compra da Oi Móvel

A operadora de telecomunicações teve lucro normalizado de R$ 681 milhões no segundo trimestre deste ano, aumento de 154,7% na base anual

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A TIM (TIMS3) divulgou resultados do segundo trimestre que agradaram os investidores, ainda que em linha com o esperado. Contudo, a grande expectativa – sendo também tema de teleconferência com o mercado para discutir os números – foi a compra da Oi Móvel.

“Os resultados da TIM no segundo trimestre de 2021 vieram amplamente em linha com as estimativas de consenso, com boas tendências gerais no ARPU [ receita média por cliente] e, consequentemente, nas receitas. Embora os resultados tenham sido ligeiramente positivos, em nossa opinião, esperamos que o principal foco do mercado no curto prazo permaneça no desfecho da aprovação do negócio com os ativos da Oi Móvel”, destacaram os analistas do Bradesco BBI.

A operadora de telecomunicações registrou lucro líquido normalizado de R$ 681 milhões no segundo trimestre deste ano, aumento de 154,7% sobre igual período de 2020.

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Já a receita líquida teve um crescimento anual de 10,5%, a R$ 4,4 bilhões. Com destaque para o crescimento de 8,5% na receita de serviços móveis, principal linha da companhia, atingindo R$ 3,7 bilhões.

A companhia apresentou um lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) normalizado de R$ 2,1 bilhões, representando um crescimento de 5,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar do crescimento em termos absolutos, o resultado representou uma contração de 2,1 pontos percentuais na margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) normalizada, atingindo 47,7%.

A TIM sinalizou durante teleconferência que também está de olho no leilão de frequências 5G, que pode ocorrer entre setembro e outubro. Com isso, a empresa se prepara para uma emissão adicional de cerca de R$ 1 bilhão em dívida que pode ocorrer até o início de 2022, disse o vice-presidente financeiro, Adrian Calaza.

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“Nosso fluxo de caixa está melhor do que prevíamos… Provavelmente vamos ter alguma operação adicional (de dívida) na casa de [R$] 1 bilhão, mas não temos urgência”, disse o executivo.

Em outras frentes, a TIM, que já tem uma parceria com o banco C6, está perto de selecionar um parceiro para lançar uma carteira digital ainda neste trimestre. A escolha será entre dois finalistas e o vencedor deve ser anunciado em setembro.

Segundo Pietro Labriola, presidente-executivo da TIM, a estratégia para a carteira digital terá “investimento e custo marginal” já que a empresa não quer abandonar a disciplina financeira e se desviar de seus negócios principais de serviços de telecomunicações.

A TIM também está migrando e expandindo sua rede de banda larga para tecnologia de FTTH (acrônimo de Fiber-to-the-Home – Fibra para o lar) e Labriola afirmou que espera para setembro ou outubro a conclusão da venda de 51% de sua empresa de infraestrutura de fibra óptica para a IHS.

Segundo executivos da TIM, a operadora deve lançar até o final de outubro serviços de fibra óptica em velocidades de 1 e 2 megabits por segundo, mas não deu detalhes.

A Levante Ideias de Investimentos destacou em nota o crescimento expressivo da infraestrutura de fibra óptica, segmento que deve ficar em evidência nos próximos trimestres para todas as operadoras.

A TIM acrescentou cerca de 300 mil novos homes passed, atingindo 3,8 milhões com tecnologia FTTH; isso significa ter disponível para 3,8 milhões de clientes a conexão via fibra óptica diretamente no domicílio. O número de clientes do TIM Live também apresentou crescimento expressivo, 10% em relação ao segundo trimestre de 2020, atingindo 666 mil clientes.

Já sobre a Oi especificamente, executivos da TIM procuraram transmitir durante a tele a confiança de que a aquisição de ativos da rival será aprovada por autoridades sem grandes mudanças em relação à proposta apresentada junto com Telefônica Brasil (VIVT3) e Claro.

Na sexta-feira, a superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) declarou como “complexa” a venda das operações de telefonia móvel da Oi para o trio, que venceu em dezembro passado o leilão para compra dos ativos por R$ 16,5 bilhões.

“Temos muita confiança que vai ser aprovada (a compra dos ativos móveis da Oi) até o final do ano”, disse Labriola na teleconferência.

“Todo mundo ficou apavorado porque a operação foi definida como complexa, mas nunca falamos que era simples…A definição de complexa é definição de procedimento…não é nada diferente do que estávamos aguardando”, acrescentou o executivo. Ele afirmou ainda que não espera que eventuais remédios a serem decididos pelo Cade possam ter alteração que impacte o negócio.

Por ser a terceira maior operadora de telefonia celular do país, a TIM receberá a maior parte dos ativos da Oi. Segundo o vice-presidente de relações regulatórias e institucionais da TIM, Mario Girasole, a estrutura da transação foi desenhada para que a atribuição das bases de ativos da Oi aos compradores seja definida de acordo com a menor das adquirentes em cada região.

“Hoje, em cada região do país, há dois grupos fortes e um muito menor e a Oi, que está saindo do mercado…As escolhas (dos consumidores) passarão efetivamente de duas para três (operadoras)”, afirmou Girasole.

(com Reuters)

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