Tether deverá apresentar provas em tribunal dos EUA para provar lastro de cripto dólar USDT

Ordem judicial está relacionado a um processo em andamento que alega que as emissões não lastreadas do USDT causaram US$ 1,4 trilhão em danos ao mercado

CoinDesk

(Unsplash/Drawkit)

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Uma juíza de Nova York, nos Estados Unidos, ordenou que a Tether, emissora da stablecoin USDT, entregue registros financeiros como parte de um processo que alega que a empresa conspirou para emitir USDT em meio a uma campanha para inflacionar o preço do Bitcoin (BTC).

A ordem judicial exige que a Tether entregue “razões gerais, balanços, demonstrações de resultados, demonstrações de fluxo de caixa e demonstrações de lucros e perdas”, bem como registros de quaisquer negociações ou transferências de criptomoedas e de outras stablecoins, incluindo informações sobre quando foram feitas as negociações.

Também estão sendo solicitados detalhes sobre as contas que a Tether possui nas exchanges Bitfinex, Poloniex e Bittrex.

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Enquanto os advogados que representam a Tether buscam bloquear a ordem de liberação, chamando-a de “incrivelmente exagerada” e “indevidamente onerosa”, a juíza responsável pelo caso discordou, escrevendo que os “documentos solicitados são indubitavelmente importantes”.

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“[Os] autores explicam claramente por que precisam dessa informação: para avaliar o lastro do USDT em dólares”, escreveu a juíza Katherine Polk Failla.

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“Os documentos solicitados das transações parecem estar ligados à uma das principais alegações dos Autores: que os Réus se envolveram em transações de criptocommodities usando USDT não lastreado e que essas transações foram estrategicamente programadas para inflar o mercado”, continuou Failla.

O processo não é o único envolvendo a empresa. Há ainda um processo perante a Suprema Corte de Nova York para que o Procurador-Geral da cidade americana libere os documentos que reuniu em sua investigação sobre as reservas de Tether.

A investigação do procurador-geral de Nova York sobre as reservas da Tether foi concluída em fevereiro de 2021, com um acordo de US$ 18,5 milhões.

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