Tesouro é contra injeção de recursos na Eletrobras, 14 balanços e mais notícias no radar

Confira os principais destaques corporativos desta sexta-feira (6)

Paula Barra

Usina Eólica Volta do Rio - Ceará *** Local Caption *** Vista dos aerogeradores durante a visita técnica à usina Eólica Volta do Rio no Ceará. Usina eólica conectada a SE SOBRAL III, Chesf. A usina pertence ao grupo Energimp S/A, controlado pela IMPSA WIND (Industrias Metalúrgicas Pescarmona S.A.).

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta sexta-feira (6) segue movimentado, com destaque para a temporada de resultados corporativos. Confira os destaques: 

Eletrobras
O Tesouro é contra a injeção de recursos nas distribuidoras da Eletrobras (ELET6), conforme relatório da Medida Provisória 706/2015, elaborado pelo senador Edison Lobão (PMDB-MA), de acordo com o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. Segundo o Brodcast, o dinheiro que seria utilizado para capitalizar a companhia já foi gasto em outras finalidades. 

O montante a ser aplicado nas distribuidoras viria da segunda parcela da outorga das hidrelétricas amortizadas sendo que, dos R$ 17 bilhões arrecadados, R$ 5 bilhões seriam direcionados para a empresa. Porém, o gasto foi alvo de contingenciamento. 

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Embraer
A administração dos Estados Unidos busca aprovar a venda de até 12 aeronaves de ataque leve A-29 Super Tucano, da brasileira Embraer (EMBR3), para a Nigéria como auxílio no combate ao grupo extremista Boko Haram, disseram autoridades norte-americanas.

Uma linha de produção para o Super Tucano fica na Flórida, onde ele é fabricado com a empresa norte-americana Sierra Nevada Corp. As aeronaves que seriam vendidas à Nigéria vêm com “uma configuração armada bastante básica”, disse uma das autoridades dos EUA.

Fibria
O BNDES anunciou nesta quinta-feira aprovação de financiamento à Fibria-MS Celulose Sul Mato-Grossense, no valor de R$ 2,3 bilhões, para a implantação de uma nova linha de produção de celulose branqueada de eucalipto em Três Lagoas (MS), com capacidade nominal de 1.750 mil toneladas/ano. O projeto inclui a aquisição de vagões, locomotivas e máquinas e equipamentos nacionais, além de investimentos sociais em áreas de influência da empresa.

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Gafisa
A Gafisa (GFSA3) teve prejuízo de R$ 53,2 milhões de reais no primeiro trimestre, ante lucro de R$ 31,6 milhões um ano antes, informou a incorporadora na quinta-feira. O resultado foi pressionado pelos números do segmento Gafisa, voltado para públicos de média e alta rendas e que teve prejuízo de R$ 58 milhões. Já a Tenda, do setor econômico, lucrou R$ 4,8 milhões no período, revertendo prejuízo de um ano antes. Assim, para o segmento mais alto, a companhia vê um ambiente de liquidez mais restrita em 2016, o que pode afetar preços, margens e volume de receitas. “Iremos manter em 2016 uma postura conservadora, buscando equilibrar a colocação de novos produtos no mercado”, disse em seu relatório de resultados.

Enquanto isso, os cancelamentos de contratos em Gafisa ficaram acima da média dos últimos 12 meses e subiram de 124,8 milhões no primeiro trimestre de 2015 para 170,3 milhões de janeiro a março deste ano. “Diante das atuais incertezas no cenário político-econômico e seus reflexos no mercado imobiliário, não vem sendo possível reduzir, com maior efetividade, o volume de cancelamentos”, afirmou a companhia no balanço.

Já o segmento econômico, que tem se mostrado mais resistente ao cenário atual, está pronto para aumentar seu volume de novos empreendimentos. O volume de contratos cancelados de Tenda totalizou R$ 46,2 milhões no primeiro trimestre, queda de 17,9% na comparação anual. A empresa já havia informado, em abril, que a Tenda amenizou o recuo das vendas dos imóveis de média e alta rendas. A receita líquida consolidada entre janeiro e março foi de R$ 405,5 milhões, queda de 22% sobre o mesmo período em 2015. Já o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado caiu 84%, para R$ 15,5 milhões.

Segundo o BTG Pactual, os números apresentados pela companhia foram fracos, com os segmentos de classe média e alta ofuscando os sólidos números da Tenda. “Estamos mantendo a nossa classificação neutra sobre a ação, principalmente devido à falta de momentum para ganhos. Em nossa opinião, o mercado imobiliário fraco pode dificultar uma recuperação da rentabilidade da Gafisa (ROE poderia permanecer baixo por algum tempo), e o endividamento ainda não permite aumento dos pagamentos de dividendos de forma significativa”, afirmam os analistas.

Lojas Americanas
A Lojas Americanas (LAME4) teve prejuízo de R$ 23,9 milhões no primeiro trimestre, ante lucro de R$ 22,2 milhões no mesmo período do ano passado, informou a varejista nesta quinta-feira. A despesa financeira da companhia aumentou 40,2% na comparação com o primeiro trimestre de 2015, para a R$ 478,1 milhões, principalmente pelo aumento da taxa de Certificado de Depósito Interbancário (CDI).

Já a receita líquida caiu 4%, a R$ 3,9 bilhões, apesar da Páscoa –importante evento de vendas– ter ocorrido neste ano no primeiro trimestre. “A expectativa por um cenário econômico desafiador em 2016 está se confirmando nesse início de ano”, disse a varejista em comunicado. O Ebitda ajustado foi de R$ 509,3 milhões, alta de 11,2%. A Lojas Americanas manteve as projeções do plano de expansão, com a abertura de dois novos centros de distribuição e 800 novas lojas no Brasil no período de 2015 a 2019. Até o momento, foram inauguradas oito unidades e há mais de 95 contratadas ou em estágio avançado de negociação, disse a empresa. Segundo o BTG, os números da companhia são os melhores no universo de cobertura do banco e reiteram a visão de um vencedor de longo-prazo, com uma boa execução apesar da competição.

B2W
Já a  B2W Digital (BTOW3), empresa de comércio eletrônico que reúne as marcas Americanas, Submarino, Shoptime e Sou Barato, teve prejuízo de R$ 132,6 milhões nos primeiros três meses de 2016, o dobro do valor negativo obtido entre janeiro e março de 2015. A receita líquida caiu 19%, para R$ 1,7 bilhão. Segundo o BTG, embora o primeiro trimestre tenha levado a números interessantes para a companhia, o cenário indica desaceleração das vendas de comércio eletrônico devido ao ambiente macroeconômico desafiador.

Segundo o banco, “no curto prazo, os múltiplos elevados e a rápida deterioração dos resultados da B2W deve continuar a pesar sobre o preço da ação da Lojas Americanas, e veríamos uma queda no preço da ação como uma oportunidade de compra”.

Ser
A Ser Educacional (SEER3) registrou lucro líquido de R$ 85,913 milhões no primeiro trimestre de 2016, um leve crescimento de 3,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O Ebitda ajustado foi de R$ 113,087 milhões, um avanço de 8,1% ante o intervalo de janeiro a março do ano passado. A Margem Ebitda ajustada passou de 38,8% para 39,7%. No primeiro trimestre de 2016, a receita líquida totalizou R$ 285,125 milhões, uma alta de 5,8% contra 2015. O resultado financeiro ficou negativo em R$ 11,023 milhões, um crescimento de 32,4% contra o mesmo período do ano passado.  

Cetip
A Cetip (CTIP3) viu sua receita líquida subir 16,6% no primeiro trimestre de 2016, atingindo R$ 311,1 milhões no período. Enquanto isso, o Ebitda ajustado da companhia ficou em R$ 222,6 milhões, também uma alta de 16,6%, com uma margem de 71,5%.

Já o lucro líquido da empresa fechou os três primeiros meses deste ano em 152,4 milhões, em linha com o mesmo período de 2015 e 4,4% menor que o trimestre anterior.

Multiplus
A Multiplus (MPLU3) teve lucro líquido de R$ 127 milhões no primeiro trimestre, alta de 27% na comparação anual, informou a empresa de programas de fidelidade. O número de pontos emitidos foi de 20,5 bilhões, queda anual de 6,8%, enquanto os pontos resgatados caíram 8,4%, totalizando 17,4 bilhões.

Segundo a empresa, o acúmulo de pontos no varejo cresceu 6 pontos percentuais no trimestre, na comparação anual, a 1,5 milhão, enquanto resgate de pontos por produtos e serviços no segmento foi seis vezes maior do que o mesmo período em 2015.

No fim de 2015, a Multiplus anunciou parcerias com a operadora de telecomunicações Vivo e a varejista GPA, dona do Pão de Açúcar. O número de participantes da Muliplus cresceu 13% frente o primeiro trimestre de 2015, para 14,7 milhões.

A receita líquida aumentou 5,9% ano a ano e encerrou março em R$ 565,9 milhões. Na véspera, a concorrente Smiles informou alta de 70% no lucro líquido do primeiro trimestre sobre um ano antes, para R$ 118,4 milhões, impulsionada por salto na receita e no resultado financeiro.

 O Itaú BBA espera reação positiva, com os números divulgados implicando “potencial de alta para nossas previsões de lucro por ação”. O Bradesco BBI destacou resultados saudáveis em termos gerais: “dado que já tínhamos contabilizado melhores margens em nossos modelos, a questão principal permanece em como as vendas vão se comportar em um mercado de encolhimento de pontos”. 

Estácio

O lucro líquido da Estácio (ESTC3) caiu 1,6% no 1° trimestre de 2016, quando comparado com o mesmo período de 2015, indo para R$ 128,5 milhões, enquanto a receita líquida mostrou expansão de 9,8%, para R$ 792,9 milhões. O Ebitda ajustado subiu 9,1%, totalizando R$ 213,4 milhões no período. Já a margem Ebitda ajustada recuou 0,2 ponto percentual, passando de 27,1% para 26,9%. 

Iochpe-Maxion
A Iochpe Maxion (MYPK3) viu seu lucro líquido subir 204,5% em um ano, atingindo R$ 7 milhões no primeiro trimestre, enquanto a receita operacional líquida teve avanço de 14,6%, para R$ 1,78 bilhão no mesmo período. Já o Ebitda da companhia fechou os três primeiros meses de 2016 em R$ 236,3 milhões, alta de 69%.

O endividamento bancário líquido da companhia ficou em R$ 2,79 bilhões ao final do primeiro trimestre, ficando acima dos R$ 2,55 bilhões de um ano antes. Segundo a companhia, os resultados foram impactados favoravelmente pelo ganho não recorrente gerado pela venda de um imóvel no Brasil.

Tractebel
A geradora Tractebel Energia (TBLE3) apresentou um lucro líquido de R$ 347,1 milhões no primeiro trimestre, com alta de 0,7% ante mesmo período de 2015, mesmo com uma menor geração de energia. 
A elétrica, controlada pela francesa Engie, teve Ebitda de R$ 792,7 milhões no período, com expansão de 0,4% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.

A elétrica atribuiu o melhor resultado à redução de R$ 6,6 milhões nas despesas financeiras líquidas, a aumentos na depreciação e amortização e a menores custos com imposto de renda e contribuição social. Com isso, a companhia, que é a maior geradora privada de energia do país, com 7 gigawatts em capacidade instalada, conseguiu elevar lucros mesmo com uma redução de 8,1% na produção, que somou 5,5 gigawatts médios.

A receita líquida de vendas somou R$ 1,62 bilhão, com retração de 0,9% na comparação anual. O preço líquido médio da energia vendida pela Tractebel foi de R$ 177,29 por megawatt-hora, com alta de 5,9 por cento ante o primeiro trimestre de 2015, com reajustes pela inflação em contratos antigos compensando uma queda nos preços dos novos contratos, segundo a empresa.

Mills
A Mills (MILS3) viu seu prejuízo líquido ajustado crescer de R$ 14,5 milhões para R$ 17,8 milhões no 1° trimestre de 2016, quando comparado ao mesmo período de 2015. A receita líquida da empresa contraiu 20,6%, para R$ 130,1 milhões. 

No 1° trimestre, a Mills reportou Ebitda de R$ 29 milhões, representando queda de 38,8% na mesma base de comparação. A margem Ebitda caiu 6,6 pontos percentuais, indo de 28,9% para 22,3% entre os meses de janeiro a março. 

Vulcabras
A Vulcabras Azaleia (VULC3) fechou o 1° trimestre de 2016 com lucro líquido de R$ 2,1 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 13,6 milhões registrado um ano antes. Segundo a companhia, o resultado foi fruto da estratégia de fortalecimento das marcas próprias. Em relação ao cenário macroeconômico, a empresa destacou que não vê melhora no curto prazo, o que afeta negativamente a companhia. 

A receita operacional líquida da calçadista cresceu 17% no período, indo para R$ 251,5 milhões, enquanto o Ebitda foi de R$ 37,5 milhões, alta de 33,8% contra o 1° trimestre de 2015. A margem Ebitda avançou 1,9 ponto percentual, para 14,9%.

Magazine Luiza
A Magazine Luiza (MGLU3) viu seu lucro líquido subir 84,2%, para R$ 5,3 milhões no primeiro trimestre deste ano, enquanto o Ebitda ficou em R$ 144,1 milhões, uma alta de 13,1% sobre o mesmo período do ano passado. A estimativa compilada pela Bloomberg estimava um prejuízo de R$ 25,9 milhões no período.

Excluindo as despesas de reestruturação não recorrentes no valor de R$ 19 milhões, o Ebitda ajustado alcançou R$ 163 milhões, com margem Ebitda de 7,2%. Neste mesmo cenário, o lucro líquido ajustado totalizou R$ 18 milhõe, com margem de 0,8%. As despesas não recorrentes referem se à reestruturação e adequação de pessoal administrativo.

Segundo a companhia, as vendas digitais foram um dos principais destaques do período. O faturamento do e-commerce da Magazine Luiza aumentou 27,8%, o maior ritmo de crescimento dos últimos cinco trimestres.

Segundo o Itaú BBA, os resultados foram positivos com melhora significativa no desempenho operacional; principais surpresas foram receita e aumento da margem bruta; a companhia “permanece focada em proteger o caixa por meio de melhorias no ciclo de capital de giro e despesas controladas”. Já o Bradesco BBI destaca o “aumento supreendentemente forte na margem bruta do primeiro trimestre de 2016”. 

Copasa
A Copasa (CSMG3), estatal mineira de saneamento, reportou um lucro líquido de R$ 89,8 milhões no primeiro trimestre deste ano. O valor representa crescimento de 5,5 vezes em relação ao visto nos três primeiros meses de 2015.

Enquanto isso, a receita líquida da empresa totalizou R$ 1,014 bilhão, uma alta de 12%. Na mesma base de comparação, o Ebitda somou R$ 321,55 milhões, com um crescimento de 37,7%.

CVC
A CVC (CVCB3), maior operadora de viagens do país, registrou no primeiro trimestre deste ano lucro líquido de R$ 55,6 milhões, crescimento de 6,3% sobre o ganho apurado em igual período de 2015. A receita cresceu 1,7%, para R$ 1,29 bilhão entre janeiro e março deste ano, mas as reservas embarcadas recuaram 1,5%, para R$ 1,485 bilhão.

Se consideradas as operações das duas empresas compradas pela CVC em agosto do ano passado — a consolidadora RexturAdvance e a agência on-line Submarino — o lucro pro-forma teria crescido 13,2%, para R$ 63,5 milhões no primeiro trimestre deste ano, na comparação anual.

(Com Reuters e Agência Estado)