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Os investidores da Tesla têm motivos para comemorar este fim de ano.
Após uma queda de 36% no primeiro trimestre, o pior para a ação desde 2022, as ações da Tesla se recuperaram completamente, atingindo um recorde histórico de US$ 491,50. Esse valor supera o recorde intradiário anterior de US$ 488,54, alcançado quase exatamente um ano atrás. A ação fechou a US$ 489,88 na sessão desta terça-feira (16), na sua máxima histórica de fechamento.
A ação ganhou impulso nesta semana depois que o CEO Elon Musk, pessoa mais rica do mundo, afirmou que a Tesla tem testado veículos autônomos em Austin, Texas, sem ocupantes a bordo, quase seis meses após o lançamento de um programa piloto com motoristas de segurança.
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Com a alta, o valor de mercado da Tesla subiu para US$ 1,63 trilhão, tornando-a a sétima empresa de capital aberto mais valiosa, atrás de Nvidia, Apple, Alphabet, Microsoft, Amazon e Meta, e ligeiramente à frente da Broadcom. A fortuna de Musk agora está próxima de US$ 683 bilhões, segundo a Forbes, mais de US$ 400 bilhões à frente do cofundador do Google, Larry Page, que ocupa o segundo lugar na lista.
Investidores otimistas veem a notícia como um sinal de que a empresa finalmente cumprirá sua promessa de longa data de transformar seus veículos elétricos existentes em robotáxis por meio de uma atualização de software.
Os sistemas de direção automatizada da Tesla testados em Austin ainda não estão amplamente disponíveis, e diversas questões relacionadas à segurança permanecem em aberto.
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“Tem sido um ano de altos e baixos para a Tesla, que começou o ano em uma posição aparentemente favorável devido ao papel de Musk na Casa Branca do presidente Donald Trump, onde liderou o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), uma iniciativa para reduzir drasticamente o tamanho do governo federal e cortar regulamentações”, lembra a CNBC em reportagem.
No entanto, o trabalho de Musk com Trump, seus apoios a figuras políticas de extrema direita ao redor do mundo e sua retórica política inflamável provocaram uma reação negativa dos consumidores, que continua abalando a reputação da marca Tesla e suas vendas.
No primeiro trimestre, a Tesla reportou uma queda de 13% nas entregas e uma queda de 20% na receita automotiva. No segundo trimestre, as ações se recuperaram, mas a queda nas vendas continuou, com a receita automotiva caindo 16%.
A segunda metade do ano foi mais forte. Em outubro, a Tesla reportou um aumento de 12% na receita do terceiro trimestre, impulsionada pela corrida dos compradores nos EUA para adquirir veículos elétricos e aproveitar um crédito fiscal federal que expirou no final de setembro. As ações subiram 40% no período.
Os desafios comerciais permanecem em meio a uma reação contra Musk e também levando em conta a forte concorrência de veículos elétricos mais baratos ou mais atraentes fabricados por empresas como BYD e Xiaomi na China e Volkswagen na Europa.
Embora a Tesla tenha lançado versões mais acessíveis dos populares SUVs Model Y e sedãs Model 3 em outubro, essas opções ainda não ajudaram as vendas nos EUA ou na Europa. Nos EUA, as novas versões mais simples parecem estar canibalizando as vendas dos modelos mais caros da Tesla. Segundo a Cox Automotive, as vendas da Tesla nos EUA caíram em novembro para o menor nível em quatro anos.
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Apesar do ambiente difícil para fabricantes de veículos elétricos nos EUA, o banco Mizuho elevou seu preço-alvo para a Tesla nesta semana, de US$ 475 para US$ 530, mantendo a recomendação de compra para as ações. Analistas da instituição afirmaram que as melhorias relatadas na tecnologia FSD (Full Self-Driving, direção totalmente autônoma supervisionada) da Tesla “podem apoiar uma expansão acelerada” da sua “frota de robotáxis em Austin, São Francisco e potencialmente a eliminação antecipada do acompanhante”.
(com agências internacionais)
