Terra (LUNA) sobe 14.000% em 2021 e se torna o 2º maior protocolo DeFi

Considerada uma rival do Ethereum, a Terra tem chamado atenção com um projeto diferente focado em stablecoins

Rodrigo Tolotti

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Enquanto o mercado de criptomoedas segue indefinido neste fim de ano, com especialistas recomendando cautela e sem muita perspectiva definida para as próximas semanas, um token tem chamado muita atenção com ganhos que superam 60% apenas em dezembro.

A Terra (LUNA) tem batido marcas importantes nos últimos dias: além de atingir sua máxima histórica ao superar os US$ 90, ela também se tornou o segundo maior blockchain para protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) em termos de valor total bloqueado (TVL), atrás apenas do Ethereum (ETH).

Nesta quarta-feira (22), a criptomoeda aparece entre as maiores altas considerando os ativos com maior valor de mercado, saltando 9% às 11h40 (horário de Brasília), cotada a US$ 92,03. O movimento é continuidade de uma valorização expressiva em 2021, de cerca de 14.200%, o que agora coloca o projeto dentro do top 10 de maiores criptos do mundo.

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Os maiores ganhos da LUNA começaram em agosto, quando ela custava US$ 17, mas o impulso mais forte ocorreu apenas a partir de 25 de novembro. Desde então o ativo saiu de US$ 39 para os atuais US$ 94.

“O aumento de preço nos últimos dias foi provavelmente desencadeado por investidores que compraram LUNA à vista para o lockdrop da Astroport e, em seguida, protegeram suas posições por meio de futuros perpétuos (contratos futuros sem vencimento) para permanecerem com um delta (diferença) neutro”, disse a empresa de análise Delphi Digital em relatório.

A Astroport é uma nova exchange descentralizada (DEX) que entrou no ar em 14 de dezembro com um lockdrop, quando os usuários bloqueiam seus tokens, no caso LUNA, em troca de uma oportunidade de ganharem os tokens nativos da empresa, ASTRO, ajudando a dar liquidez para o projeto.

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Esse tipo de estratégia costuma atrair bastante os investidores por conseguirem novos ativos “de graça”. Como reflexo, conforme as pessoas bloqueiam seus tokens, retiram do mercado parte do suprimento, o que traz uma pressão altista no preço. Segundo a plataforma de dados DeFi Llama, a DEX atraiu mais de US$ 1 bilhão para o ecossistema Terra, sendo que mais de 50% desse valor é em tokens LUNA.

O que é a Terra

A Terra é um blockchain desenvolvido usando o kit de desenvolvimento de software (SDK) da Cosmos, sendo uma rede usada para criar stablecoins algorítmicas lastreadas a diferentes moedas fiduciárias, como o dólar, iene e euro.

Segundo seus criadores, sua intenção é ser uma forma de pagamentos que possa ser usada no dia a dia, utilizando esse sistema de stablecoins para resolver a questão da alta volatilidade das criptomoedas.

Em geral, a Terra busca se diferenciar de outros ativos por meio do uso das stablecoins indexadas a moedas fiduciárias, o que seguindo a empresa combina os benefícios ilimitados das criptomoedas com a estabilidade de preços cotidiana das fiduciárias.

Seu token, LUNA, é usado para emitir essas stablecoins, assim como para pagar taxas da rede e participar da governança, ou seja, para votar dentro da rede.

O desenvolvimento da Terra começou em janeiro de 2018 e sua rede principal foi oficialmente lançada em abril de 2019. Em setembro deste anos, ela oferecia stablecoins atreladas ao dólar americano, won sul-coreano, tugrik da Mongólia e uma cesta de moedas dos Direitos Especiais de Saque do Fundo Monetário Internacional (FMI), com intenção de lançar novas opções no futuro.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.