Teoria de ciclo baixista do dólar em mercado global ganha força

O dólar cai em espiral, testando níveis vistos pela última vez em abril de 2018, segundo desempenho monitorado por um índice da Bloomberg

Bloomberg

(sefa ozel/Getty Images)

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(Bloomberg) — Estrategistas que apostam na queda do dólar começam a ver sinais de confirmação de sua teoria defendida há anos.

O dólar cai em espiral, testando níveis vistos pela última vez em abril de 2018, segundo desempenho monitorado por um índice da Bloomberg. A queda é parte de um movimento mais amplo nos mercados financeiros para precificar perspectivas de crescimento mais positivas em 2021 e o potencial de oportunidades de investimento melhores fora dos Estados Unidos, em grande parte pela esperança de uma vacina contra o coronavírus.

Os que apostam na queda do dólar são incentivados pela amplitude das quedas da moeda nesta semana: o euro, o dólar australiano, o dólar canadense e o won coreano atingiram os maiores níveis em mais de dois anos, enquanto o franco suíço está na maior cotação desde 2015. A libra está no maior patamar em cerca de um ano, mesmo em meio à incerteza em torno do Brexit.

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“O dinheiro está novamente em ação depois das posições defensivas no dólar”, disse Chris Turner, estrategista de câmbio do ING. “As notícias sobre as vacinas reforçam a visão de uma recuperação global sincronizada em 2021; o dólar pode cair entre 5% e 10% no próximo ano.”

Uma maior desvalorização do dólar pode ocorrer como resultado de apostas recordes de queda de gestores de ativos. O foco renovado no estímulo fiscal dos EUA nos últimos dias veio como um novo golpe contra o dólar. Em outro sinal de como os investidores estão cada vez mais otimistas quanto às perspectivas de crescimento econômico e desenvolvimento de vacinas, as ações dos EUA estão em máximas históricas e as commodities também avançam.

Tudo isso dá crédito aos que alertam em Wall Street que o dólar vai passar por um ciclo baixista, com a manutenção de juros baixos pelo Federal Reserve pelos próximos anos.

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O dólar acumula desvalorização de 13% desde o pico em março. A moeda caiu 8% em relação ao franco suíço e cerca de 4% frente ao iene em 2020, moedas que também são vistas como porto seguro, destacando o impacto do estímulo sem precedentes do Fed.

O Credit Suisse prevê que o euro pode subir para US$ 1,25 até o final de 2021, enquanto a Goldman Sachs Asset Management recomenda apostar na queda do dólar em relação ao yuan e vê ganhos adicionais para o euro e o iene. Morgan Stanley e Citigroup também projetam um dólar mais fraco.

“O apetite por risco pareceu ganhar mais impulso nesta semana – achamos que isso deve acelerar a queda do dólar no curto prazo”, disse Terence Wu, estrategista de câmbio do Oversea-Chinese Banking, em Cingapura. “Esta rodada de fraqueza do dólar está ainda mais focada no espaço do G-10”, embora “esperemos que a baixa do USD-Ásia se amplie com o tempo”.

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