Tensão política nos EUA, dados da China, inflação e vacina: o que acompanhar na próxima semana

Tudo que o investidor precisa saber antes de operar na semana

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – Para quem esperava uma virada de ano tranquila, 2021 começou bastante agitado no mercado financeiro, com o caos em Washington, nos Estados Unidos, após a invasão do Capitólio, ao mesmo tempo que os índices em Wall Street e o Ibovespa bateram máximas históricas.

Nos próximos dias, a política americana deve seguir no centro das atenções, mesmo que seu potencial de impacto no mercado esteja reduzido com a confirmação da vitória de Joe Biden, que tomará posse no dia 20 de janeiro.

Notícias de bastidores apontam que parlamentares, tanto democratas quanto republicanos, e integrantes do gabinete de Trump discutem a possibilidade de invocar a 25ª Emenda da Constituição, que permite a remoção do presidente do cargo. Caso isso não aconteça, deputados e senadores também já indicaram o início de um processo de impeachment.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Enquanto isso, o noticiário sobre o coronavírus também é destaque. Apesar de já ter iniciado o processo de vacinação, os EUA voltaram a bater recordes, com mais de 4 mil mortos em apenas 24 horas. Já no Brasil, a notícia de que a CoronaVac tem 78% de eficácia animou a população – e o mercado -, e a expectativa é que a vacinação comece dia 25.

Entre os indicadores, a agenda doméstica será mais tranquila, com o principal destaque ficando para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro, na terça-feira (12).

Segundo a equipe de análise do Bradesco, o dado deve seguir pressionado pelas partes de energia e educação. “A despeito dos sinais mais benignos para a inflação no começo deste ano, o dado de dezembro ainda deve refletir a alteração da bandeira tarifária de energia e a antecipação dos reajustes de educação, como vistos no IPCA-15 do período”, avaliam os analistas.

Continua depois da publicidade

Outro dado importante que deve ser acompanhado de perto pelo mercado é o IGP-10, que sai na sexta-feira (15). Na semana ainda serão conhecidos os resultados de vendas do varejo e de serviços referentes a novembro, que segundo o Bradesco devem apresentar alta e corroborar uma alta do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre de 2020.

Agenda internacional

Já no cenário externo, a agenda começa neste domingo à noite (10) quando a China divulga uma bateria de indicadores, com destaque para os números de inflação medidos pelo PPI e CPI.

O primeiro deve recuar 0,8% na comparação anual (ante -1,5% anteriormente), segundo dados compilados pela Refinitiv, enquanto o segundo deve subir 0,1%, contra queda de 0,5% no mês anterior.

Na terça-feira, nos EUA, será apresentado o relatório JOLTS, que mostra os números de abertura de novas vagas de trabalho. Este é um documento bastante acompanhado pelos analistas para entender como está a dinâmica da maior economia do mundo, em especial no cenário de recuperação da crise.

No dia seguinte, à noite, a China divulga os números da sua balança comercial de dezembro, que segundo a equipe do Bradesco deve continuar mostrando uma forte recuperação da segunda maior economia do mundo.

Fechando a semana, nos EUA ainda serão divulgados números de inflação ao consumidor (CPI), com projeção dos analistas de alta de 0,4% na comparação mensal, segundo dados da Refinitiv, ante avanço de 0,2% no período anterior. Já o dado anualizado deve ir de alta de 1,2% para 1,4%.

Para conferir a agenda completa de indicadores, clique aqui.

PROCURA-SE: Profissionais de todas as formações estão migrando para uma das profissões mais bem remuneradas do mercado. Entenda como fazer o mesmo nesta série gratuita do InfoMoney!

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.