Tenda (TEND3) lucra 81% a menos no 3º trimestre, com alta de custos, e revisa margem de guidance

Com mais gastos, Tenda revisou suas metas deste ano e agora projeta uma margem bruta no intervalo de 26% a 28%, ante 30% e 32% de antes

Vitor Azevedo

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SÃO PAULO – A Tenda (TEND3) registrou um lucro líquido de R$ 6 milhões no terceiro trimestre de 2021, o que representou uma retração de 81% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando somou R$ 33,8 milhões. 

Dessa forma, a companhia viu seu lucro cair apesar de sua receita líquida ter avançado 10,2% na mesma base, chegando a R$ 721,2 milhões, uma vez que os custos e gastos também cresceram, limitando o desempenho. 

A Tenda viu seu lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado recuar 53,9%, saindo de R$ 105,6 milhões no terceiro trimestre de 2020, para R$ 48,6 milhões. A margem Ebitda, usada para medir a performance operacional, caiu de 16,1% para 6,7%. 

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“Temos sofrido com revisões orçamentárias que impactaram de forma importante nossa margem bruta do trimestre, em especial, a margem das vendas antigas”, explicou a companhia no documento publicado na noite desta quinta-feira (4).

Além dos gastos com construção, impulsionados pelo maior preço dos insumos como aço e cimento, as despesas com vendas cresceram 12%, totalizando R$ 62 milhões. 

A companhia, para amenizar a alta dos custos, optou também por aumentar os seus preços, o que levou o preço médio por unidade crescer 8,7% no ano.

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Com gastos, Tenda reduz guidance para 2021

A elevação dos gastos fez a Tenda revisar as suas metas para 2021. A companhia prevê agora uma margem bruta no intervalo de 26% a 28%, sendo que no começo do ano a perspectiva era de algo entre 30% e 32%. 

Apesar disso, a construtora manteve sua projeção para as vendas líquidas, resultante da subtração entre vendas brutas e distratos, entre R$ 3 bilhões e R$ 3,2 bilhões, apesar de o número de contratos desfeitos terem crescido consideravelmente entre julho e setembro, fechando o terceiro trimestre representando 7,1% do total das vendas brutas. 

A construtora possui, segundo suas projeções, R$ 1,3 bilhão a apropriar (empreendimentos prontos ou em andamento), e R$ 924,6 milhões a gastar com estes. A Tenda fechou setembro com uma provisão de R$ 633 milhões.

Por fim, o lucro da construtora foi impactado também pelos maiores gastos com a dívida líquida, que saiu de um caixa positivo de R$ 250,7 milhões em setembro de 2020 para um saldo negativo de R$ 298 milhões – o resultado financeiro foi negativo em R$ 12 milhões, ante R$ 6,7 milhões no igual intervalo do ano passado.

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