TEMPO REAL: Embratel cai 25% após disparar 81% e HRT avança 25% em 2 dias

Reavaliação de ativos, resultados trimestrais e especulações sobre Campo de Polvo norteiam as três empresas, respectivamente

Rodrigo Tolotti

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13h16: Embratel
Após disparar 81% na véspera e saltar de R$ 11,00 para R$ 20,00 – maior patamar desde que entrou na Bolsa em 1998 -, as ações ordinárias da Embratel (EBTP3) registram perdas de 24,95%, para R$ 15,01. Com a forte oscilação da véspera, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) questionou a companhia, que respondeu nesta manhã afirmando que “não temos conhecimento de qualquer ato ou fato relacionado aos negócios da  companhia que tenha afetado ou que possa vir a afetar o valor das ações da companhia negociadas no mercado”.

12h01: Br Properties cai com resultado do trimestre
Além delas, a BR Properties (BRPR3, R$ 17,07, -4,90%) cai quase 5% após divulgar seus resultados do 1º trimestre, que mostraram novamente piora operacional, apontam os analistas da XP Investimentos. O destaque ficou para o crescimento de apenas 5,1% no aluguel das mesmas unidades entre o 1º trimestre de 2013 e 2014, abaixo da alta de 7,3% do IGP-M no período.

“Esta piora nos resultados das receitas de locação afetou bastante também o FFO ajustado e a Margem FFO ajustado, que já vêm em queda desde o início de 2013”. Nos três primeiros meses, a empresa apresentou um lucro líquido 35% menor do que o mesmo período de 2013, passando de R$ 90,8 milhões para R$ 59,4 milhões. enquanto a receita líquida foi de R$ 232,9 milhões, um crescimento de 3% comparado ao primeiro trimestre de 2013, quando a mesma totalizou R$225,9 milhões.

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11h31: São Martinho na máxima histórica
As ações da São Martinho (SMTO3, R$ 34,60, +6,43%) disparam nesta terça-feira e atingem seu maior patamar da história na Bolsa, estendendo os ganhos acumulados desde o final de janeiro para 40%. Duas notícias agitam a companhia nesta sessão: a reavaliação de suas terras e a aquisição do controle na usina Santa Cruz.

O novo laudo de avaliação de suas terras foi concluído. A área de 58,2 mil hectares distribuídos no Estado de São Paulo foi avaliada pela consultoria Deloitte em R$ 3,083 bilhões, valorização de 65,4% em relação à avaliação anterior feita em 2009. O método usado no levantamento contemplou apenas a “terra nua” – ou seja, não considerou construções e benfeitorias, máquinas ou equipamentos.

“O novo laudo traz uma valorização patrimonial equivalente a mais de R$ 10 por ação, com o valor de terras alcançando cerca de R$ 27,28 por ação, o que equivale a 83,9% de seu valor de mercado”, analisa o relatório da XP Investimentos.

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A empresa também anunciou que assumirá o controle da usina de Santa Cruz, localizada em Américo Brasiliense (SP). A companhia adquiriu uma participação de 56,05%, atingindo 92,14% da usina. O valor a ser pago pelo grupo será de R$ 119,9 milhões, tendo que arcar uma dívida de R$ 365,4 milhões. De acordo com o diretor financeiro da São Martinho, Felipe Vicchiato, a sinergia prevista será obtida ao longo de 7 anos, já que a maior parte dela virá da área agrícola. Os ajustes em canaviais costumam demorar todo um ciclo da cana, que é de cinco a seis anos, afirmou Vicchiato.

10h55: HRT sobe 25% em 2 dias
As ações da HRT Petróleo (HRTP3, R$ 0,77, +2,67%) deram um suspiro temporário às longas quedas de 2014 nos dois últimos pregões, chegando a acumular ganhos de 25% nestes dois dias – na véspera, ela subiu 19,05%, para R$ 0,75. Do teto de R$ 1,37 registrado no fim de janeiro deste ano para o fechamento de ontem, as ações da petrolífera acumulavam forte queda de 45,26%.

Na véspera, repercutiram os rumores de que a empresa quer comprar os 40% restantes de participação da Maersk sobre o campo de Polvo – o único que tem gerado receita para a HRT – em vez de vender os 60% que detém. Em matéria publicada na última sexta-feira (2), o blogueiro Geraldo Samor, da Veja, lembra da desistência da companhia, agora sob o comando de Nelson Tanure, em vender sua fatia à norueguesa BW Offshore, movimento que na época havia sido entendido como uma mudança de ideia por parte da suposta compradora.

O movimento chama ainda mais atenção se for levado em conta um relatório recente do HSBC, que reduziu sua projeção de preço-alvo sobre os papéis da companhia pré-operacional em 72,86%, de R$ 1,40 para R$ 0,38. Para defender a deterioração do cenário esperado, os analistas Luiz Carvalho e Filipe Gouveia afirmaram que os ativos da HRT na Namíbia e na bacia do Solimões ainda não têm valor. “No curto prazo, não esperamos que a empresa perfure outros poços nessas áreas; portanto, o panorama pode mudar somente em caso de uma redução em suas participações nos blocos exploratórios”, argumentam.

10h38: Triunfo dispara
As ações da Triunfo (TPIS3, R$ 8,96, +6,67%) chegaram a subir 11% nesta manhã, com o volume financeiro movimentado na Bolsa neste momento já superando a média dos últimos dias. A empresa apresentou crescimento de 760% no lucro líquido do 1º trimestre em relação ao mesmo período de 2013 – o resultado passou de R$ 18,1 milhões para R$ 156,4 milhões. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 137%, para R$ 353,3 milhões.

A companhia destacou ainda que em janeiro foi aprovado pelo BNDES o financiamento de longo prazo no montante de R$ 1,5 bilhão. Além disso, no mesmo mês, a Triunfo assinou um contrato com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) de concessão para administrar as BRs 060, 153 e 262, pelo prazo de 30 anos.

“A estratégia de descontinuação da operação de cabotagem foi acertada, e que a antecipação na operação da Rio Canoas combinada aos atuais patamares de preço da energia elétrica beneficiarão os resultados de 2014”, afirmam os analistas do BB Investimentos em relatório.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.