Temor de ataque israelense a Rafah faz petróleo fechar em alta

Barrill Brent para julho sube 0,45%,para US$ 83,33

Estadão Conteúdo

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O petróleo fechou em alta, em meio a escalada nas tensões geopolíticas no Oriente Médio, diante dos preparos de Israel para uma invasão em Rafah, no sul de Gaza, ao mesmo tempo em que o Hamas concordou com uma proposta de cessar-fogo. Os preços do óleo também receberam apoio do aumento de preços da Arábia Saudita para a Ásia e outras regiões, com exceção dos EUA.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho fechou em alta de 0,47% (US$ 0,37), a US$ 78,48 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para julho subiu 0,45% (US$ 0,37), a US$ 83,33 por barril.

O petróleo encerrou o pregão com ganhos modestos, apoiado pelo dólar enfraquecido no exterior – que tende a baratear a aquisição da commodity por detentores de outras moedas – e pelo quadro geopolítico. Ao longo do final de semana, Israel intensificou preparativos para invadir a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, chegando a emitir alertas de evacuação para a população refugiada no local.


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Contudo, o Hamas aprovou nesta tarde um acordo para interromper a guerra com Israel. Os detalhes da proposta, elaborada em conjunto por mediadores do Egito e do Catar, ainda não foram divulgados publicamente. Em anonimato, uma autoridade israelense disse à Reuters que a proposta era uma versão “suavizada” e inclui conclusões de longo prazo que Israel não poderia aceitar.

Após as notícias, os preços do petróleo caíram temporariamente e oscilavam próximos à estabilidade, antes de se recuperarem e voltarem a subir. No entanto, a Navellier avalia que o petróleo continua sob pressão e opera próximo aos níveis do final de março.

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Analistas da Ritterbusch apontam que a commodity também recebeu apoio da Arábia Saudita, que aumentou os preços de venda do petróleo em junho para Ásia e outras regiões, com exceção dos EUA. A consultoria aponta que os aumentos dos preços sauditas suportam perspectivas “bullish” para demanda no relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e podem indicar preparo da Saudi Aramco para novos cortes na produção de petróleo.