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Tecnologia, IA e novos traders: Marcos Machado projeta avanço do mercado em 2026

Democratização da tecnologia coloca o trader brasileiro no mesmo patamar das mesas institucionais

Bruno Nadai

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A tecnologia deixou de ser apenas um suporte operacional para se tornar um eixo central da performance no day trade. Além disso, conforme o mercado amadurece, a adoção de inteligência artificial, automação e algoritmos tende a redesenhar a forma como traders pessoa física acessam ferramentas antes restritas ao institucional, ampliando eficiência, escala e consistência operacional.

Nesse contexto, Marcos Machado, CMO da Nelogica, concedeu uma entrevista ao InfoMoney durante o evento Profit Summit, na qual detalhou como a empresa enxerga a evolução do mercado para 2026, o papel da tecnologia no crescimento da renda variável e a democratização de soluções avançadas para traders brasileiros.

Dessa forma, a perspectiva apresentada pelo executivo ajuda a entender como a adoção de IA deve se acelerar no país.

Tecnologia como vetor do trade

Machado contextualiza a relevância estrutural da Nelogica dentro do ecossistema financeiro brasileiro, ressaltando que a empresa atua como a base tecnológica de grande parte das operações realizadas no mercado.

Nesse sentido, sua infraestrutura sustenta não apenas plataformas de negociação, mas também o fluxo operacional de grandes corretoras, bancos e investidores institucionais, o que posiciona a companhia como um elo central entre tecnologia e mercado financeiro.

Além disso, esse papel reforça a dependência crescente do mercado por soluções robustas e escaláveis. Ele observa ainda que haverá uma retomada do apetite por risco começa a retornar, especialmente diante da perspectiva de uma Selic mais baixa.

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Por esta razão, a tendência é de expansão da renda variável e do número de participantes ativos no trade. “A Nelogica, é a maior Investec do Brasil, é a tecnologia que está por detrás dos grandes players do mercado, como o XP e outras grandes corretoras e bancos”, afirma.

Crescimento do Profit Summit

Nesse cenário de retomada do interesse pelo mercado e avanço da tecnologia, Machado aponta que o próprio crescimento do Profit Summit funciona como um termômetro claro da demanda reprimida por conteúdo, troca de experiências e aprofundamento técnico.

Ao mesmo tempo, o aumento expressivo de público indica não apenas maior interesse pelo trade, mas também uma busca mais consciente por educação, ferramentas e conexão com o ecossistema.

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Para a Nelogica, esse movimento reforça a estratégia de investir em eventos como extensão do desenvolvimento tecnológico, aproximando a empresa do trader final e fortalecendo a base do mercado.

“Por isso nós estamos fazendo o evento aqui do Profit Summit para quase 2 mil pessoas, um crescimento de quase dez vezes comparado com o evento do ano passado”, afirma.

Educação e novos investidores

Além de ampliar a base de participantes no mercado, o executivo observa que o desafio central passa pela qualificação do trader ao longo do tempo.

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Nesse contexto, Machado destaca que o crescimento sustentável da renda variável depende menos da entrada pontual de novos investidores e mais da capacidade de formar operadores preparados para lidar com risco, volatilidade e tomada de decisão.

Por isso, eventos presenciais, iniciativas educacionais e o avanço contínuo da tecnologia funcionam como pilares complementares desse processo, criando um ambiente mais maduro e consistente para o trade no médio e longo prazo.

“Então a gente quer trazer um público novo, mas também investir muito na educação de quem já está no mercado. E com isso a gente vai trazer tecnologia para ajudar com isso”, explica.

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Profit AI e democratização

Além disso, Machado destaca o lançamento do Profit AI como um divisor de águas no processo de democratização da tecnologia no trade.

Segundo ele, ferramentas que antes estavam restritas a mesas institucionais e grandes players passam a ficar acessíveis ao trader pessoa física, reduzindo barreiras técnicas e ampliando a autonomia operacional.

Nesse sentido, a inteligência artificial surge como um facilitador direto da automação, permitindo que operadores testem ideias, construam algoritmos e avancem em estratégias sistematizadas sem depender de conhecimento prévio em programação.

Para o executivo, esse movimento tende a acelerar ainda mais nos próximos anos e posiciona o Brasil em linha — ou até à frente — das principais referências globais em tecnologia para investimentos.

“Agora é possível, mesmo que você não saiba programar ou não saiba codificar robôs, você vai poder criar o seu robô, você vai poder começar a ter os seus algoritmos”, observa.

Por fim, o executivo esclarece que o Profit AI não é um produto isolado, mas uma camada integrada às versões da plataforma, especialmente ao Profit Ultra. Nesse contexto, a inteligência artificial passa a atuar diretamente no processo de construção, teste e refinamento de estratégias, ampliando a capacidade analítica do trader.

Além disso, recursos como o otimizador de parâmetros permitem simular milhões de combinações de variáveis — como tempo gráfico, ativo, pontos de entrada e saída — de forma sistemática e escalável, algo que redefine a forma de validar setups e reduz decisões baseadas apenas em tentativa e erro.

“Isso é humanamente impossível de ser feito na mão, então é muito importante ter o Profit Ultra que você consegue utilizar essa funcionalidade”, conclui.

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