Tecnisa (TCSA3) reverte lucro e tem prejuízo líquido de R$ 7,98 milhões no 3º trimestre

O prejuízo, segundo a empresa, foi em decorrência da ausência de lançamentos nos últimos trimestres e de um mix de vendas com margens menores

Estadão Conteúdo

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A Tecnisa (TCSA3) fechou o terceiro trimestre deste ano com prejuízo líquido de R$ 7,987 milhões, revertendo lucro de R$ 1,656 milhão do mesmo período de 2022. O prejuízo, segundo a empresa, foi em decorrência da ausência de lançamentos nos últimos trimestres e de um mix de vendas com margens menores, “o que prejudicou a diluição dos custos fixos”, ressaltou no release que acompanha os resultados.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 9,34 milhões, queda de 3,4% em um ano. A margem Ebitda ajustado foi a 10,9%, recuo de 2,5 pontos porcentuais na mesma base comparativa.

A receita operacional líquida totalizou R$ 85,921 milhões, montante 19,1% maior que um ano antes. A margem bruta ajustada chegou a 14,8%, queda de 3,7 pontos porcentuais. No acumulado do ano, a receita operacional líquida totalizou R$ 311 milhões, aumento de 94% sobre os primeiros nove meses do ano anterior.

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Segundo a empresa, as variações se devem aos mesmos fatores que influenciaram a receita operacional bruta: maior volume de obras em andamento e de receitas a apropriar e um mix de vendas em projetos em consolidação integral com POC (percentage of completion) menos avançado quando comparado com o segundo trimestre deste ano.

O custo dos imóveis vendidos foi de R$ 83 milhões, aumento de 35%, quando comparado ao ano passado e de 4% em relação ao trimestre imediatamente anterior. As oscilações na conta se devem, majoritariamente, ao maior volume de obras em andamento, mix de vendas em projetos em consolidação integral com margens menores e ao aumento de gastos com manutenção pós-obra.

O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) ficou negativo em R$ 2,457 milhões, mais de quatro vezes o resultado negativo de um ano antes, quando atingiu R$ 736 mil.

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A Tecnisa encerrou setembro com uma posição consolidada de caixa de R$ 173 milhões, que somado ao caixa disponível no Jardim das Perdizes, totaliza R$ 220 milhões, montante que representa 176% das dívidas a vencer no curto prazo de R$ 125 milhões.

Já o consumo de caixa, medido pela variação da dívida líquida, totalizou R$ 40 milhões no terceiro trimestre. Considerando o aumento de R$ 7 milhões no caixa líquido dos projetos contabilizados por equivalência patrimonial, o consumo de caixa ajustado totalizou R$ 33 milhões.

“Como apresentado em entrega de empreendimentos, a companhia está iniciando um ciclo de entrega de projetos entre 2024 e 2025, o que deve contribuir para a geração de caixa nos próximos anos”, informou.

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Lançamentos e vendas

A companhia não realizou lançamentos no terceiro trimestre. Como evento subsequente, em 1º de novembro foi comunicado o lançamento do Belaterra, na Chácara Flora, em São Paulo, com VGV de R$ 211 milhões, 28% vendido até a data de divulgação destes resultados, informou.

As vendas líquidas, parte Tecnisa, somaram R$ 122 milhões no trimestre, um aumento de 9% em comparação o mesmo período do ano anterior, com VSO líquida de 13,3%.