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Em relatório, a equipe de análise da Eleven Research destacou visão positiva para a Taurus (TASA4), apontando que a empresa deverá atingir um lucro líquido de R$ 480 milhões em 2022 e praticar um payout (dividendo em relação ao lucro) de pelo menos 50% no ano, o que resulta em um dividend yield (dividendo em relação ao preço da ação) de 15,9% frente ao preço de 21 de dezembro, retorno bem acima do mercado.
Na visão de analistas, a ação da companhia está com um desconto acima da média e um dividend yield bastante atrativo. Com isso a casa de análise reforça a recomendação de compra para o ativo, com preço-alvo de R$ 17,00 para 2023 (upside de 29% frente o fechamento de sexta), projetando um lucro líquido de R$ 440 milhões para o período.
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“Desde 2020, quando a Taurus encerrou seu processo de turnaround, vem entregando importantes resultados com grande geração de caixa”, comentam analistas. “A companhia trocou sua gestão, mudou sua fábrica da Flórida para a Georgia, recebendo assim incentivos fiscais e um cheque de US$42 milhões para a construção da fábrica.”
“Nesse período, a Taurus quitou toda sua dívida, renovou e ampliou seu portfólio de produtos e fez importantes investimentos naquele que, no passado, foi seu calcanhar de Aquiles: a automatização da produção”, comenta Eleven.
Em abril de 2023, a Taurus deve inaugurar seu primeiro galpão 100% automatizado em São Leopoldo, “o que deverá ser replicado nas demais unidades da empresa trazendo mais produtividade e eficiência que se traduzirão em melhores margens no longo prazo”, avaliam analistas.
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A companhia se tornou a líder mundial em vendas de armas leves em 2022, antecipando a projeção interna que era para 2024. Atualmente, a Taurus tem atendido a demanda crescente de revólveres, principalmente nos EUA, o que pressiona a margem devido à produção mais complexa desse produto, mas que coloca a companhia em posição de destaque no segmento.
Diversificação de receita
Vendas no Brasil devem retornar ao padrão, mas entrada no mercado asiático deverá trazer mais diversificação para a receita, apontam os analistas.
Segundo relatório, o cenário atual é de queda nas vendas tanto no mercado norte americano, que representa a maior parcela (65%), e no Brasil (35%) retomando ao padrão, após um ano forte com um governo que reduziu os entraves para o acesso às armas de fogo.
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A casa de análise acredita que a licitação a ocorrer na Índia em 2023, de 425 mil fuzis e 5 mil submetralhadoras para o exército (a maior já vista), pode compensar um cenário de arrefecimento nas vendas em seus principais mercados em 2023. Além disso, a entrada da companhia no território asiático deverá trazer mais diversificação para a receita no longo prazo.
“Outro ponto que pode destravar valor seria a entrada no mercado de law enforcement nos Estados Unidos, no qual a Taurus ainda tem baixa participação, através de um possível M&A”, avaliam analistas.