Talibã diz que sanções econômicas vão provocar “onda migratória”

Governo do Afeganistão quer reconhecimento formal dos Estados Unidos e da União Europeia

ANSA Brasil

(Pixabay)

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(ANSA) – O grupo fundamentalista islâmico Talibã, que governa o Afeganistão desde o dia 15 de agosto, afirmou nesta quarta-feira (13) que manter as sanções políticas e econômicas contra o país vão provocar uma “onda migratória” para outras nações.

“Enfraquecer o governo afegão não é interessante para ninguém porque os efeitos negativos atingirão diretamente o resto do mundo no âmbito da segurança e das migrações econômicas”, acrescentou ainda o ministro das Relações Exteriores, Amir Khan Muttaqi, ao sair de um encontro com delegações dos Estados Unidos e da União Europeia em Doha, no Catar.

A reunião foi realizada nesta terça-feira (12), mas o comunicado foi divulgado apenas nesta quarta por um porta-voz do Ministério.

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“Convidamos os países do mundo a por fim às sanções existentes e permitir que os bancos operem normalmente, de maneira que grupos beneficentes, as organizações e o governo possam pagar os salários aos próprios funcionários com suas reservas próprias e a assistência financeira internacional”, acrescentou Muttaqui.

Essa não é a primeira vez que os talibãs pedem o fim do bloqueio dos fundos do Banco Central do Afeganistão no exterior, em um valor estimado em cerca de US$ 9 bilhões. No entanto, os pedidos não parecem fazer nenhum efeito prático.

Após o encontro desta terça, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que o bloco enviará uma nova rodada de ajuda financeira de 1 bilhão de euros às organizações humanitárias que atuam no território afegão, mas de “maneira direta” – ou seja, sem passar pelas mãos do governo.

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Desde que retomaram o poder, os talibãs não são reconhecidos de maneira formal por nenhum país ocidental por conta da brutalidade que impuseram em seu primeiro governo – entre 1996 e 2001.

No entanto, as conversas de pacificação continuam a ser realizadas para tentar fazer com que os fundamentalistas respeitem os direitos humanos no país.

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