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Em maio, o valor da cesta básica representava 46,2% do salário mínimo. De acordo com as estimativas da CNA, a partir de julho as famílias gastarão mais de 50% do salário mínimo para adquirirem os mesmos produtos.
“O tabelamento fará com que as famílias brasileiras percam seu poder de compra. Isso porque em 2018 o governo federal elevou o salário mínimo para R$ 954, um acréscimo de R$ 17, enquanto o tabelamento do frete deverá aumentar o custo da cesta de alimentos em R$ 53,40, valor três vezes maior”, destaca o comunicado divulgado pela entidade.
A CNA ainda mostra preocupação com os possíveis reflexos da greve dos caminhoneiros para a economia. A entidade ressalta, que antes das paralisações, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 12 meses (até abril) era de 2,76% graças, principalmente, aos preços dos “alimentos no domicílio”, que apresentavam deflação.
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Após a greve e o tabelamento de fretes, houve completa reversão nesse quadro de estabilidade inflacionária, com esse índice projetado em 4,42% para o mês de junho. Isso ocorreu porque os preços dos alimentos no domicílio caíram 4,68% em 12 meses, mas devem encerrar o acumulado até junho/2018 com alta de 0,53%, uma incrível reversão em sua trajetória. Somente no mês de junho, a expectativa é de aumento de 3,43% nesse item.