Suzano e Kroton são as small caps mais citadas nas carteiras de novembro

Ambas foram citadas em cinco das 31 carteiras recomendadas pelas corretoras para este mês; líder no mês de outubro, Randon caiu para o 3º lugar

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – As units da Kroton (KROT11) e os papéis preferenciais classe A da Suzano Papel (SUZB5) dividiram a primeira colocação entre carteiras recomendadas compiladas pelo Portal InfoMoney com base no índice de small caps da bolsa para novembro, cada uma sendo citada em cinco das 31 carteiras recomendadas. A Kroton saiu do terceiro lugar em outubro, enquanto a Suzano já havia ficado na liderança no último mês.

Com as mesmas quatro recomendações de outubro, as ações da MRV Engenharias (MRVE3) se mantiveram entre as primeiras colocadas, dividindo a posição com a Randon (RAPT4), que havia dividido o topo na compilação feita no mês passado. Seguindo a lista, com três citações, temos Lojas Marisa (AMAR3), Helbor (HBOR3), Iochpe Maxion (MYPK3), Marcopolo (POMO4) e Valid (VLID3).

Kroton: bom momento para o setor de educação
A Kroton irá divulgar seu balanço do terceiro trimestre no próximo dia 8, quinta-feira, antes da abertura do mercado. Para a Ágora Corretora, a receita líquida da empresa de educação – cujas ações já subiram mais de 130% em 2012 – deve ser de R$ 374,5 milhões, ficando 108,1% acima do mesmo período de 2011. Já as projeções para o lucro líquido mostram valores de R$ 53,3 milhões, alta de 157,5% ante o terceiro trimestre do ano passado.

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Mesmo com a forte valorização dos ativos da empresa, que subiram 15% em outubro, o J. Safra entende que ainda há espaço para que as ações da companhia subam. O banco ainda projeta bons resultados para a empresa no terceiro trimestre, o que pode levar a novas revisões para cima nas estimativas dos analistas.

Para o BTG Pactual, o setor de educação segue em um cenário positivo. Com um grande número de adesões ao FIES (programa financiamento estuadntil a longo prazo) no primeiro semestre, os analistas entendem que os resultados da segunda metade do ano podem ser ainda melhores. O BTG ainda vê de forma positiva a alta exposição da empresa em ensino à distância, sendo que há uma possibilidade de revisão para cima nos rendimentos da Kroton.

Suzano: aumento de capital e o processo de recapitalização
Para a Socopa, apesar da recuperação no último mês, as ações da Suzano ainda são boa oportunidade de investimento com vista no longo prazo, à medida que a alavancagem da empresa deve convergir para níveis mais aceitáveis. Para os analistas, o endividamento da companhia já está precificado, sendo que os números melhoraram depois do aumento de capital da empresa em R$ 1,5 bilhão.

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De acordo com a Gradual Investimentos, a operação de aumento de capital da companhia ainda não resolveu o problema da dívida, mas já pode ser visto como parte de um processo de recapitalização. Outro ponto destacado pela corretora é o fato de, em setembro, a empresa ter voltado para a carteira teórica do Ibovespa, o que tem aumentado a liquidez do papel, com movimento dos fundos indexados ao índice.

MRV e Marisa
Para a Socopa Corretora, mesmo não tendo resultados fortes, a MRV tem apresentado números consistentes nos últimos trimestres, o que tem diferenciado a empresa positiviamente entres as companhias do setor. Além disso, possíveis mudanças no programa Minha Casa Minha Vida serão diretamente capturadas pela MRV. 

Já a Lojas Marisa, na opinião da SLW Corretora, está com o valor de seus papéis bastante reduzido em relação aos seus pares. Para os analistas, após o atual período de ajustes, a companhia deve voltar a apresentar resultados mais sólidos no próximo ano.

Outras recomendações
Além das ações já citadas, entre as recomendações ainda estão os papéis da Aliansce (ALSC3), Comgas (CGAS5), Estácio (ESTC3), Even (EVEN3), Grendene (GRND3), Iguatemi (IGTA3), JHSF (JHSF3), OHL Brasil (OHLB3), OSX Brasil (OSXB3), QGEP Participações (QGEP3), Localiza (RENT3), SLC Agrícola (SLCE3), Sulamérica (SULA11) e Totvs (TOTS3), todas com duas citações.

Com um voto cada, fecham a lista de recomendações o Banco ABC Brasil (ABCB4), Anhanguera Educação (AEDU3), Brookfield (BISA3), Banco Panamericano (BPNM4), Arezzo (ARZZ3), BR Insurance (BRIN3), Coelce (COCE5), Dasa (DASA3), Energias Brasil (ENBR3), EzTec (EZTC3), Metal Leve (LEVE3), Le Lis Blanc (LLIS3), Magnesita (MAGG3), Mills (MILS3), MMX Mineração (MMXM3), OdontoPrev (ODPV3), Santos Brasil (STBP11), Tecnisa (TCSA3) e Vanguarda Agro (VAGR3).

Metodologia InfoMoney
Ao todo, 31 carteiras de bancos e corretoras foram utilizadas para este levantamento. Os portfólios selecionados foram: Ativa, BB Investimentos, BI&P, Bradesco (2 carteiras), BTG Pactual, Citi Corretora, Geração Futuro, Geral, Gradual, HSBC, Inva Capital, Itaú (2 carteiras), Omar Camargo (2 carteiras), PAX, Planner, Rico, Safra, SLW (3 carteiras), Socopa, Souza Barros, TOV, Um, Votorantim, XP (2 carteiras) e WinTrade.

Entre todas as carteiras publicadas pela InfoMoney em novembro, nesta compilação apenas não foram considerados os portfólios com sugestões de ações que tenham perspectiva de pagamento de proventos.

Cabe mencionar que, segundo a BM&FBovespa, “as empresas que, em conjunto, representarem 85% do valor de mercado total da bolsa são elegíveis para participarem do índice MLCX (Mid Large Caps). As empresas que não estiverem incluídas nesse universo são elegíveis para participarem do índice SMLL. Não estão incluídas empresas emissoras de BDRs (Brazilian Depositary Receipts) e empresas em recuperação judicial ou falência”.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.