Suzano anuncia aumento do preço da celulose; Petrobras busca sócios e mais 12 notícias no radar

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quarta-feira (28)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – As notícias corporativas seguem em destaque. A Cielo anunciou o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio aos seus acionistas e a Cosan comunicou que a Gávea Investimentos, do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, reduziu sua fatia na empresa, enquanto, segundo O Estadão, a PDG está perto de pedir recuperação judicial. Já a Petrobras busca sócios. Veja os destaques do noticiário corporativo desta quarta-feira (28):  

Suzano
A Suzano Papel e Celulose (SUZB5) anunciou um aumento no preço lista da celulose fibra curta para a China para US$ 530 a tonelada; o novo preço é válido a partir de 1º de outubro. O último ajuste de preços anunciado pela Suzano foi em maio deste ano, válido a partir de 1º de junho, quando o valor na China passou para US$ 570 a tonelada. Desde então, os valores do insumo sofreram quedas consecutivas. Segundo dados semanais dos preços mundiais de referência da celulose obtidos pela Agência Estado, o valor médio na China atingiu US$ 486,42/ton ontem (27), um leve avanço de 0,13% contra a semana passada, após uma outra alta, de 0,08%, na semana anterior.

PDG
Após a Viver (VIVR3), que na semana passada se tornou a primeira incorporadora de capital aberto do País a pedir recuperação judicial, uma das maiores empresas do setor no Brasil deve seguir o mesmo caminho, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo. A PDG (PDGR3) deverá recorrer à medida até o fim do ano. Com bilhões de reais em prejuízos acumulados e dificuldade para vender R$ 2,7 bilhões de imóveis em estoque num mercado retraído, a companhia já estaria em negociação com uma empresa de reestruturação financeira.

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Vale
“Os preços estáveis e contínua disciplina de custo impulsionaram o Ebitda ajustado da Vale em 2016”, disse a mineradora em apresentação do CEO Murilo Ferreira, durante a conferência anual de Commodities do Itaú BBA.

A estimativa de EBITDA ajustado considera taxa de câmbio média de R$ 3,30 o dólar no segundo semestre de 2016, preços de níquel de US$ 10.500 a tonelada e preços de cobre de US$ 4.750 a tonelada. O número exclui ganhos/perdas na venda de ativos e despesas não recorrentes e inclui os dividendos recebidos de coligadas. A produção de aço deve chegar a 1.612 milhões de toneladas ao final de 2016, e 1.709 milhões de toneladas até 2020, incluindo todos os mercados. O mercado de níquel deve entrar em déficit de 50 mil a 60 mil toneladas em 2016; de cobre tende ao déficit entre 2019 e 2020. A companhia vê manutenção do equilíbrio anual entre oferta e demanda do minério de ferro e estima economia em 2016 de até US$ 15,8 bilhões em custos (queda de 31%) e US$ 1,4 bilhão em despesas. A dívida líquida estimada é de US$ 19 bilhões a 22 bilhões em 2016 com as transações já anunciadas. A meta da dívida líquida é de US$ 15 bilhões a 17 bilhões até 2017.

Petrobras
O noticiário da Petrobras (PETR3;PETR4) também é movimentado. 
A Alpek prorrogou a exclusividade com a estatal por Suape e Citepe. Alpek conseguiu prorrogar por 30 dias a negociação exclusiva com a Petrobras para a potencial aquisição de sua participação na Petroquímica Suape e na Citepe, informou a empresa mexicana em comunicado divulgado ao mercado nesta terça-feira. Em 28 de julho, a diretoria de Petrobras aprovou negociar Suape e Citepe com Alpek. Caso ambas as partes cheguem a um acordo, fechamento da transação dependerá de aprovações de órgãos reguladores, disse a Alpek.

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Já o Globo informou que, com a prioridade de reduzir sua dívida e sem recursos suficientes para investir em todos os seus projetos, a Petrobras pretende buscar parceiros para explorar as reservas localizadas na chamada cessão onerosa, no pré-sal da Bacia de Santos. A área abrange seis campos com 5 bilhões de barris de petróleo, o que equivale a ao menos 20% das estimativas de reservas do pré-sal já descobertas, mas ainda não comprovadas, que variam de 20 bilhões a 25 bilhões de barris de petróleo. O entrave, segundo uma fonte do governo, é que a estatal não pode “fazer a cessão de direito” dessas áreas, conforme prevê o contrato entre a companhia e o governo, com base na Lei 12.276/2010, que criou o regime de cessão onerosa. Por fim, a Câmara dos Deputados se compromete a votar pré-sal na próxima semana sem alterações, diz o jornal Folha de S. Paulo. 

Braskem
A companhia petroquímica Braskem (BRKM5) anunciou que o seu Conselho de Administração aprovou o pagamento de dividendos no valor de R$ 1 bilhão aos seus acionistas, o que corresponde a R$ 1,25715870797455 por ação (seja ela ordinária ou preferencial classe “A”) e R$ 2,5143174159491 por ADR (American Depositary Receipt). Só vai ter direito ao provento o investidor que detiver ações da Braskem em carteira no fechamento do pregão da segunda-feira, 3 de outubro. O pagamento dos dividendos será realizado a partir do dia 11 de outubro.  

Além disso, a Camex também prorrogou direito antidumping, por um prazo de até 5 anos, aplicado às importações brasileiras de resinas de policloreto de vinila obtido por processo de suspensão (PVC-S), originárias do México. No caso do PVC-S, a Braskem é citada como tendo apresentado petição de início da revisão do assunto pela Camex ** Para os produtores/exportadores dos EUA, será aplicado antidumping de 16%; para os do México, de 18%. No caso do éter, assunto foi avaliado pela Camex a pedido da Oxiteno do Nordeste e culminou com aplicação de direito antidumping de US$ 670,42 a tonelada. 

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Marcopolo
A Marcopolo (POMO4) teve a recomendação elevada pelo Itaú BBA para market perform (desempenho em linha com a média do mercado). O preço-alvo é de R$ 3,00 por ação.  

LPS Brasil
A LPS Brasil (LPSB3) vendeu fatia de 70% na Imóvel A Consultoria Imobiliária aos acionistas remanescentes por R$ 1.000.

Cielo
A administradora de meios de pagamento Cielo (CIEL3) comunicou ao mercado que distribuirá R$ 612,365 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio, que correspondem a R$ 0,271011056 por ação. O pagamento será realizado na sexta-feira 30 de setembro e só terão direito ao provento os investidores que tinham ações da Cielo em carteira no fechamento do dia 16 de setembro. 

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Cosan
A Cosan (CSAN3) comunicou que a Gávea Investimentos reduziu sua participação na companhia de agronegócio, chegando a 4,55% ou 7.930.643 ações, abaixo dos 5% necessários para a participação ser considerada relevante. 

Ainda no noticiário da Cosan, de acordo com portaria do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação, o estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental da Raízen para subsidiar o arrendamento de terminal localizado na margem esquerda do Porto de Santos/SP (Ilha Barnabé) foi selecionado. O terminal é voltado à movimentação de granéis líquidos, em área de aproximadamente 38.000 m².

Eternit
A fabricante de coberturas, caixas d’água, louças sanitárias e soluções construtivas Eternit (ETER3) informou que Victor Adler renunciou ao cargo de membro efetivo do Conselho Consultivo da companhia.    

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Fleury
Assim como a Cosan, o grupo farmacêutico Fleury (FLRY3) informou o mercado que a Invesco gestora de recursos reduziu sua participação na empresa e agora tem menos de 5% do capital da Fleury. Em 23 de setembro de 2016, a Invesco passou a deter 7.793.300 ações, o que representa 4,98% do capital social do Grupo Fleury. 

Itaú Unibanco 
O Itaú Corpbanca anunciou que Hector Valdes renunciou à sua posição no conselho de diretores da companhia. Quarto maior banco comercial do Chile, o Itaú CorpBanca é de propriedade do Itaú Unibanco (ITUB4). Pedro Samhan Escandar, também um diretor independente, foi nomeado no seu lugar. 

Saraiva
A livraria Saraiva (SLED4) anunciou que a GWI Asset reduziu sua participação para 26,72% das ações preferenciais da companhia, detendo um total de 4.563.600 papéis. A Saraiva ressaltou em comunicado que se trata de um investimento minoritário que não altera a composição do controle ou a estrutura administrativa da Companhia.

(Com Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.