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SÃO PAULO – Com suspeitas de manipulação, os cálculos da Libor, taxa de juros interbancária do Reino Unido, podem ser revistos em discussões com bancos globais e órgão reguladores britânicos, publicou o Financial Times na noite de segunda-feira (5). Instituições dos Estados Unidos, da Europa e do Japão já vêm aumentando suas reclamações sobre possíveis fraudes no benchmark.
A responsável pela formulação do índice é a BBA (Associação de Banqueiros Britânicos, na sigla em inglês). Representantes do órgão e de outras financeiras que auxiliam no juro se reuniram na última segunda-feira com o BoE (Bank of England), autoridade monetária do país, com o Tesouro e com a FSA (Autoridade de Serviços Financeiros, em inglês) para discutir as mudanças.
As alterações podem incluir tanto a maneira como a taxa é calculada como expandir a fiscalização regulatória sobre a Libor. Além disso, os bancos que participam do processo podem ter que atender às novas exigências de liquidez e talvez algumas adicionais até o prazo de 2015, complementa a publicação britânica.
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Formulação
Diariamente, instituições enviam à Thomson Reuters suas estimativas de custos de financiamento sem seguros, em 15 janelas de tempo. A BBA compila essas taxas e formula a Libor em 10 moedas diferentes. No entanto, a Reuters, por exemplo, não torna públicas as investigações sobre possíveis fraudes, e é isso que o governo britânico quer evitar.
A taxa de juro interbancária do Reino Unido é responsável pelo cálculo de preços de diversos produtos financeiros. Entre eles, estão as cobranças sobre cartões de crédito, e também sobre as hipotecas.
