“Super Quarta” com Copom e Fomc, prévia do PIB e estreias na Bolsa: o que acompanhar na próxima semana

Tudo que o investidor precisa saber antes de operar na semana

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – O clima de incerteza dos últimos dias deve seguir marcando as bolsas na próxima semana conforme as ações de empresas de tecnologia se mantêm em uma “montanha-russa”, e desta vez o calendário de indicadores deve elevar a volatilidade do mercado.

Para os dias que se seguem, os principais bancos centrais do mundo irão divulgar suas decisões de política monetária, com direito a uma “Super Quarta” para os brasileiros com o Comitê de Política Monetária (Copom) e Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc).

Às 15h (horário de Brasília) de quarta-feira (16), o Federal Reserve (como é conhecido o BC dos Estados Unidos) apresenta sua decisão do Fomc, que deve manter a taxa de juros americanas próximas de zero.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Na sequência, o presidente da instituição, Jerome Powell, discursa e deve trazer mais detalhes sobre a decisão. O Fed tem sinalizado uma abordagem mais flexível em relação à inflação, o que ajuda a reduzir a força do dólar ante demais moedas e também indica juros baixos por um período prolongado.

Mais tarde, por volta das 18h, será a vez do Copom apresentar a taxa de juros brasileira, com projeção também de manutenção pelo mercado, deixando a Selic em 2%. A atenção dos investidores ficará para o comunicado, que pode dar uma sinalização para o que esperar dos próximos encontros do BC.

Na decisão anterior, o BC disse que o “espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno”, e que o Copom não antevê reduções no grau de estímulo monetário.

Continua depois da publicidade

A semana ainda contará com as decisões de política monetária do Bank of Japan e do Bank of England. Na última quinta o Banco Central Europeu (BCE) manteve os juros e ajudou a acentuar o fortalecimento do euro ao sinalizar que não agirá para conter os ganhos da moeda.

Agenda de indicadores

No Brasil, o calendário estará mais recheado, com atenção especial para o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) na segunda-feira (14) após as surpresas positivas com produção industrial e vendas no varejo, que ajudaram a corroborar a projeção de melhora nas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) na recente pesquisa Focus.

Números de inflação, como os IGPs e parciais do IPC-Fipe e IPC-S também ganham destaque diante do debate sobre o aumento de preços no País. Nesta semana, o governo zerou temporariamente a alíquota de importação do arroz e, segundo jornais, alta de outros preços, como soja e materiais de construção, também entraram na mira.

No campo corporativo, segue o movimento de aberturas de capital no País, com as construtoras Plano & Plano e Cury realizando suas precificações de ações para o IPO. A primeira ocorre no dia 15 e a segunda no dia 17.

No exterior a agenda é mais vazia, com atenção para dados de varejo e indústria tanto nos EUA quanto na China, além da pesquisa ZEW de expectativas na Alemanha.

Na política nacional, o relator da PEC do pacto federativo, senador Marcio Bittar (MDB-AC), pretende apresentar relatório incluindo o programa Renda Brasil na quarta-feira (16), segundo fontes da Bloomberg.

Sem confirmação por parte do governo, a agência de notícias aponta que o novo programa social do governo será submetido à regra do teto de gastos, segundo as fontes. Também na quarta, pode ser votado no Congresso o veto à desoneração fiscal.

Por fim, o risco da Covid-19, que o mercado havia deixado um pouco de lado apesar da pandemia não dar sinais de que está acabando, volta a preocupar mais.

Nos últimos dias a Europa voltou a registrar aumento de casos, ainda que não tenha revertido seu processo de reabertura dos negócios. O presidente francês Emmanuel Macron se reunirá com integrantes do governo para discutir como conter o aumento nas infecções por coronavírus sem colocar em risco a recuperação econômica. No Reino Unido, os casos estão aumentando entre jovens, e o governo austríaco acrescentou novas restrições.

Aprenda a fazer das opções uma fonte recorrente de ganhos, de forma responsável e partindo do zero, em um curso 100% gratuito!

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.