SulAmérica salta mais de 10% após vender operação para Allianz; ações de JBS e BRF caem com crise sobre Amazônia

Confira os destaques da B3 na sessão desta sexta-feira (23)

Lara Rizério

Bandeja de carne vermelha (Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Ibovespa registra uma sessão de perdas na sessão desta sexta-feira (23) à espera do discurso de Jerome Powell, chairman do Federal Reserve, com a expectativa aumentando após a China informar que vai retomar tarifas de 25% sobre automóveis dos EUA em dezembro. As ações da Petrobras registram queda em meio ao cenário internacional negativo, enquanto JBS e BRF registram baixa com os investidores avaliando o impacto da repercussão internacional das queimadas na Amazônia com os acordos comerciais. 

Já entre as maiores altas, a SulAmérica salta mais de 10% após celebrar contrato para a venda de sua operação de automóveis e ramos elementares para a Allianz Seguros. Confira os destaques: 

SulAmerica (SULA11, R$ 50,90, +10,41%)

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Sul América celebrou contrato para a venda de sua operação de automóveis e ramos elementares para a Allianz Seguros. O valor da transação foi fixado em R$ 3 bilhões, com base em um patrimônio líquido de R$ 700 milhões na recém-formada companhia a ser estruturada especificamente para o propósito da transação, sujeito a mecanismos de ajustes de preço comuns em transações similares.

Com esta transação, a Allianz se tornará uma das mais importantes seguradoras nos segmentos de automóveis e ramos elementares no Brasil. “A conclusão da transação está condicionada ao cumprimento de determinadas condições precedentes, conforme previstas no respectivo contrato, incluindo a aprovação prévia dos órgãos reguladores e anticoncorrenciais competentes”, destaca o fato relevante.

Até a conclusão, as partes continuarão a conduzir seus negócios de forma independente uma da outra. “Portanto, clientes, corretores, assessorias, fornecedores, colaboradores e demais partes interessadas não de em esperar quaisquer alterações na administração relações comerciais, fornecimento e oferta de produtos SulAmérica”, diz.

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“A Transação reforça o posicionamento estratégico da SulAmérica concentrado nos segmentos de saúde, odontologia, vida e previdência, além da nossa relevante operação de gestão de ativos, representando todas estas operações combinadas cerca de 85% do faturamento consolidado do Grupo SulAmérica no primeiro semestre de 2019.”

“Ademais, a transação representará um montante adicional e relevante de liquidez para a Companhia aproveitar oportunidades de crescimento orgânico e inorgânico no futuro”, finaliza.

Petrobras (PETR3, R$ 27,47,-0,58%;PETR4, R$ 25,12, -0,40%)

O jornal Valor Econômico traz que o cenário preferido por investidores e analistas para a privatização da Petrobras é o da pulverização do capital. Segundo a publicação, o modelo a ser seguido poderia ser o que vem sendo traçado para a Eletrobras, com cada acionista tendo no máximo 10% de participação. Já a União ficaria com uma “Golden share” para ser usada em questões estratégicas.

O presidente Jair Bolsonaro admitiu a possibilidade de privatização da Petrobras ao longo do seu governo, mas afirmou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, “não mostrou ainda” uma proposta para a venda da empresa.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), porém, afirmou nesta quinta que é “temerário” falar na hipótese de privatizar a Petrobras até 2022, por se tratar de uma empresa de capital aberto. “Eu estive a manhã inteira de ontem (quarta) com o governo e não me falaram nada de privatizar a Petrobras”, disse o parlamentar.

“Falar na hipótese de privatizar uma empresa de capital aberto não parece o caminho correto. Você mexe com o valor de uma ação sem informar antes os seus acionistas e a sociedade como um todo que você pretende fazer isso”, afirmou.

JBS (JBSS3, R$ 28,37, -2,37%) e BRF (BRFS3, R$ 38,98, -1,47%)

As ações da JBS seguem o movimento da véspera, quando viraram para queda no final do pregão. O movimento coincidiu com o alerta emitido pelo presidente da França, Emmanuel Macron, para que os países do G7 discutam o que descreveu como uma emergência na floresta amazônica. Um bloqueio externo teria fortíssima repercussão no agronegócio, setor que é caro a Jair Bolsonaro e altamente representado no Congresso, diz o Painel da Folha. A França diz que é contra atual proposta de acordo Mercosul-UE.

A JBS informou que seu conselho de administração aprovou a emissão de até R$ 600 milhões em debêntures (títulos da dívida). No comunicado, a companhia disse que os recursos serão usados para a compra de gado. A emissão será feita em duas séries – uma delas remunerada pelo CDI, com prazo de 48 meses, e outra indexada ao IPCA, com vencimento em 60 meses.

Oi (OIBR3, R$ 0,84, +1,20%;OIBR4, R$ 1,35, +1,50%)

Os acionistas e detentores de títulos da Oi discutem alternativas de financiamento para a operadora que não envolvam nova capitalização, segundo o Valor. Entre as discussões, está a opção de emissão de dívida garantida por ativos ou recebíveis. Dois bancos, um nacional e outro estrangeiro, trabalham na estruturação da proposta de captação que deve ser apresentada à Oi.

Sabesp (SBSP3)

A Sabesp informou que a Prefeitura Municipal de Guarulhos, considerando o risco de continuidade da adequada prestação de serviços públicos de esgoto do município, em virtude da decretação de caducidade efetuada através do Decreto Municipal Nº 36142, notificou a companhia para que assuma de forma emergencial o serviço de esgotamento sanitário do Município, anteriormente desempenhado pela SAGUA.

“A possibilidade da Sabesp assumir o serviço de esgoto municipal em caráter emergencial está prevista nos termos das cláusulas 2.2 e seguintes do Contrato de Prestação de Serviços Públicos de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário (Contrato) firmado entre o Município a Sabesp e o Governo do Estado de São Paulo (Estado)”, informa a empresa em comunicado ao mercado.

Ainda de acordo com o Contrato, a Sabesp iniciará a operação emergencial em até 72 horas, sendo que a operação poderá ter duração de 60 dias, prorrogável por igual período. Durante o período de operação emergencial, o Município, o Estado e a Sabesp deverão celebrar o aditamento ao Contrato para que seja formalizada a transferência dos serviços adicionais à Sabesp.

“Findo o prazo de operação emergencial, caso não tenha sido celebrado o aditamento caberá ao Município a responsabilidade pela prestação dos serviços até então operados em caráter emergencial pela Sabesp”, finaliza.

BTG Pactual (BPAC11, R$ 58,64, -12,99%)

 A Polícia Federal deflagra a 64ª fase da Operação Lava Jato na manhã desta sexta-feira (23) e faz buscas no banco BTG Pactual. 

Segundo  a Polícia Federal, são 12 mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Rio de Janeiro. De acordo com informações do jornal O Globo, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão de documentos na casa do banqueiro André Esteves, no Rio de Janeiro, e nas sedes paulista e carioca do BTG.

A investigação, informa o G1, foi impulsionada pelo acordo de colaboração premiada do ex-ministro Antonio Palocci.

De acordo com a PF, a investigação é complexa e trata de fatos abordados em diferentes inquéritos policiais, tendo sido impulsionada por acordo de colaboração premiada celebrado entre a Polícia Federal e ex-Ministro de Estado investigado.

Além da identificação de beneficiários da planilha “Programa Especial Italiano” e do modus operandi de entregas de valores ilícitos a autoridades, também é objeto desta fase esclarecer a existência de corrupção envolvendo instituição financeira nacional e estatal petrolífera na exploração do pré-sal e em projeto de desinvestimento de ativos no continente africano – conduta que pode ter lesado os cofres públicos em pelo menos 1,5 bilhão de dólares, que equivalem hoje a aproximadamente 6 bilhões de reais.

Em nota, o BTG informou que o banco está colaborando com as investigações e que a investigação independente não encontrou ilícitos. 

A 64ª fase foi batizada de “Pentiti”, que significa “arrependidos”. O termo é usado na Itália como referência a integrantes de organizações criminosas que, após serem presos, se arrependeram e decidiram colaborar com as autoridades nas investigações.

TIM (TIMP3)

A Anatel aprovou um Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta (TAC) com a TIM. O valor do TAC é de R$ 627 milhões e transforma multa em investimentos, que devem ser realizados em sua infraestrutura de rede.

Taurus (FJTA3;FJTA4)

A Taurus prorrogou por mais três meses o prazo para a conclusão do estudo para a criação de uma joint-venture na Índia. Assim, a fabricante de armas ganha mais tempo para decidir sobre a viabilidade da constituição da parceria com uma empresa indiana do ramo siderúrgico. Segundo a empresa, a continuidade dessas negociações é mais um passo importante para avançar em sua estratégia global como fabricante de armas.

Saraiva (SLED3)

O jornal Valor Econômico traz que os credores da rede de livrarias Saraiva votam hoje à tarde o novo plano de recuperação judicial da empresa, após reunião entre grupo de editoras e representantes da empresa. Segundo a publicação, houve mudanças nas condições de pagamento das dívidas do plano anterior.

 

C&A

A rede de varejo de moda C&A contratou seis bancos para tocar a abertura de capital de sua subsidiária no Brasil, segundo Valor. Ano passado, a empresa buscou por sócios no Brasil, chegando a negociar o fundo de private equity Advent e a Itaúsa, acrescenta a publicação.

Já a Coluna do Broadcast informa que o IPO da C&A no Brasil poderia ocorrer ainda este ano. A C&A tem como concorrentes listadas na bolsa Marisa (AMAR3), Guararapes (GUAR3), Lojas Renner (LREN3) e Hering (HGTX3).

Eletrobras (ELET3;ELET6)

A Eletrobras informou em comunicado ao mercado que foi atualizado o montante de créditos cedidos pela Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron), no âmbito do processo de privatização. Segundo a empresa, esse saldo foi elevado em R$ 300 milhões, após revisão publicada em nota técnica da Aneel, passando o montante total a ser reembolsado para R$ 1,9 bilhão.

A Ceron cedeu para Eletrobras, no processo de sua privatização, créditos junto à Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), no montante líquido de cerca de R$ 3,8 bilhões, na data base de junho de 2017. Ao final de junho deste ano, o saldo remanescente era de R$ 1,6 bilhão.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.