STJ pode retomar hoje julgamento de caso envolvendo Vale; mais 6 empresas no radar

Entre os destaques, Lojas Americanas diz desconhecer mudanças em aporte da Tiger na B2W; Conselho da Forjas Taurus resiste a aumento de capital

Paula Barra

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SÃO PAULO – A quinta-feira (24) inicia agitada no mercado em meio a uma série de notícias corporativas e a temporada de balanços corporativos. Na noite da véspera, Natura (NATU3) e Cremer (CREM3) divulgaram seus números do primeiro trimestre, enquanto nesta manhã é a vez de Usiminas (USIM5), Bradesco (BBDC4), Fibria (FIBR3) e Klabin (KLBN4). Para conferir os números, clique aqui. 

Fora da temporada de balanços, chama atenção as notícias envolvendo a Petrobras (PETR3PETR4). A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber aceitou o pedido da oposição e decidiu na véspera que o Senado deve instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) exclusiva sobre a Petrobras.

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Rosa atendeu o pedido da oposição, que queriam ter garantido o direito de uma comissão específica para investigar denúncias sobre a estatal, que incluem a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), suspeita de superfaturamento, e pagamento de propina a funcionários. A decisão da ministra é provisória e valerá até que o plenário do Senado decida sobre o tema, lembrando que os governistas ainda podem também recorrer sobre a decisão.

Vale e o julgamento do STJ
Pode ter início hoje o julgamento da tributação sobre o lucro de empresas controladas e coligadas no exterior pelo STJ (Supremo Tribunal de Justiça). No fim do ano passado, a Vale (VALE3; VALE5) anunciou a adesão da companhia ao acordo de Refis. A decisão gerou um impacto de R$ 14,8 bilhões no resultado do quarto trimestre de 2013 e impactou contabilmente o balanço da empresa. 

Lojas Americanas diz desconhecer mudanças em aporte da Tiger na B2W
A Lojas Americanas (LAME4), por meio de comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), informou na noite da véspera que desconhece mudanças em aporte da Tiger na B2W (BTOW3). Segundo a empresa, não há nenhuma informação que possa ensejar a modificação ou a atualização do fato relevante divulgado em 24 de janeiro.

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Naquela data, o conselho da B2W aprovou um aumento de capital de R$ 2,38 bilhões por meio de subscrição privada. A operação contará com a entrada de fundos administrados pela americana Tiger Global, que se comprometeram a injetar entre R$ 459,2 milhões e R$ 1,2 bilhão. Na véspera, no entanto, uma matéria veiculada pelo Valor apontava que a Tiger analisava a hipótese de não realizar a capitalização na companhia. 

Conselho da Forjas Taurus resiste a aumento de capital
Após esclarecer a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) sobre a convocação de uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária), a Forjas Taurus (FJTA4) tornou pública sua resposta para a autarquia sobre a porcentagem a que os acionistas terão direito a subscrever ações da companhia em um aumento de capital que a empresa irá realizar em 29 de abril. Veja abaixo o esclarecimento da companhia, para ver o comunicado na íntegra clique aqui:

“Em razão da diferença da proporção de ações ordinárias e preferenciais mantidas em tesouraria, foi constatada uma diferença entre a relação a que os acionistas ordinaristas e preferencialistas teriam direito a subscrever no período de preferência se considerados isoladamente e a relação a que os acionistas ordinaristas teriam direito a subscrever no período de preferência se considerados em conjunto com os acionistas preferencialistas, equivalente a 0,03357894972711 ação para cada ação detida. De forma a manter a relação entre ações ordinárias/ações preferenciais e não privilegiar qualquer classe de acionistas da Forjas Taurus, os acionistas ordinaristas poderão subscrever, portanto, até 1,53302570% das ações preferenciais a serem emitidas”.

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Metal Leve aprova pagamento de JCP
O conselho da Metal Leve (LEVE3) aprovou na véspera o pagamento de juros sobre capital próprio aos acionistas no montante de R$ 16,087 millhões, o que representa R$ 0,1253789352 por ação ordinária que, com a retenção de 15% de imposto de renda na fonte, resulta em um valor líquido dos juros sobre capital próprio de R$ 0,1065720950 por papel.

O pagamento será realizado no dia 14 de maio, levando em consideração a posição acionária de 23 de abril, sendo que a partir desta data as ações de emissão da empresa serão negociadas “ex-juros sobre capital próprio”. 

Arezzo adia reunião do conselho
A Arezzo (ARZZ3) postergou a data de realização da reunião do conselho de administração da companhia que irá deliberar sobre a aprovação das informações financeiras trimestrais referentes ao primeiro trimestre que estava prevista para esta quinta-feira (24). A nova data anunciada foi marcada para segunda-feira, 28 de abril.

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Vale destacar que o momento da companhia na Bolsa não é nada positivo, já são 7 dias seguidos de desvalorização, com perdas acumuladas de 13% no período. Atualmente os papéis são cotadosa R$ 23,95, seu menor fechamento desde 6 de janeiro de 2012.

Renar Maçãs estima crescimento da receita entre 13% a 22%
A Renar Maçãs (RNAR3) anunciou na noite da véspera seu guidance para 2014. A companhia estima um crescimento de 13% a 22% na receita este ano, com margem Ebitda (Ebitda/Receita Líquida) de 13% a 18%, representando R$ 7 milhões a R$ 9 milhões. A Renar projeta terminar 2014 com uma dívida líquida de R$ 38 milhões a R$ 42 milhões, uma redução de 27% a 34% na comparação com o ano anterior, com prazo médio de 7 anos. No ano passado, o prazo médio era de 6 anos.