Startup inglesa lança no Brasil produto cripto que oferece rendimento de até 12% ao ano

Token.com usa a stablecoin UST para oferecer rendimentos atrelados a empréstimos para clientes

Rodrigo Tolotti

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A startup inglesa Monolith anunciou nesta terça-feira (8) o lançamento no Brasil da Token.com, uma plataforma que usa finanças descentralizadas (DeFi) para oferecer aos clientes retornos de até 12% ao ano.

Para isso, a empresa criou uma solução por meio de uma carteira digital que usa a stablecoin TerraUSD (UST), que é pareada um para um com o dólar americano. O usuário interessado deposita valores em reais na carteira, que são convertidos na hora e já passam a render.

A Token.com diz que o rendimento estimado é de cerca de 12% ao ano, além da variação do câmbio. Esses retornos estão atrelados a empréstimos que têm criptoativos como garantia realizados no protocolo DeFi Anchor, na blockchain Terra.

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“O usuário investirá em um ativo digital com acesso aos ganhos da própria Anchor, uma plataforma de empréstimos de baixo risco e sem histórico de prejuízos”, explica a startup.

O protocolo Anchor funciona por meio dos chamados contratos inteligentes, que são programas de computador que atuam de forma automática conforme regras pré-estabelecidas, sem intermediários. Ele oferece um rendimento para quem faz depósitos em UST em sua plataforma, deixando esses ativos disponíveis para empréstimos.

Como os tomadores de empréstimos precisam deixar garantias em valor superior ao crédito solicitado, a Token.com afirma que, em caso de inadimplência sobre os empréstimos aos quais o investimento em sua plataforma está atrelado, as garantias são acionadas automaticamente por meio dos contratos inteligentes para cobrir possíveis danos financeiros.

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A companhia explica ainda que seu lucro vem dos retornos gerados além dos 12% de juros disponibilizados para os clientes. Quem acessa diretamente o protocolo Anchor pode conseguir um rendimento anual próximo de 20%, mas precisa lidar com a parte técnica de usar os smart contracts. A Token.com, portanto, fica com uma porcentagem dos rendimentos e repassa o restante para seus clientes.

Para William Ou, CEO da Token.como e CCO do Grupo Monolith, o potencial do DeFi hoje é acessível apenas a um pequeno grupo de pessoas com conhecimento e tempo para operar diretamente no mercado.

“Escolhemos o Brasil como o primeiro país a receber a Token.com pelo impacto que o produto pode ter. O real foi uma das moedas que mais perdeu valor nos últimos anos (mais de 35% desde 2020) e a maior parte da população não tem acesso a investimentos que possam proteger suas economias dessa desvalorização e ainda fazê-las crescer”, afirma.

Diante disso, a intenção da companhia é facilitar o acesso das pessoas ao DeFi, reduzindo burocracias como processos de cotação, transferência, criação de múltiplas contas, gestão de chaves criptográficas e taxas de saque.

Para utilizar a Token.com não existe um valor mínimo de depósito e o resgate pode ser solicitado a qualquer momento, direto para a conta bancária do usuário. A empresa ainda afirma que, no futuro, será possível usar o saldo da carteira para adquirir outros tokens pelo aplicativo.

A Monolith atua em 31 países e é criadora do primeiro cartão de débito Visa descentralizado do mundo. Ela possui registro na FCA, o órgão regulador do mercado financeiro do Reino Unido, além de ser auditada pela Moore Global, uma das mais conceituadas do mundo.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.