Publicidade
SÃO PAULO – O barril de óleo bruto negociado em Londres está cotado a US$ 76. O valor é cerca de 29% maior que o de US$ 59 verificado no final de 2005. Que, por sua vez, é cerca de 47% maior que o de US$ 40 verificado no final de 2004.
Com as cotações mantendo esse ritmo de elevação, a antes distante hipótese do barril a US$ 100 passa a ser cada vez mais plausível. Essa é a percepção de boa parte dos analistas do mercado energético, e também da Standard & Poor´s.
Para a agência de classificação de risco, os últimos três anos vêm mostrando um petróleo cada vez mais caro. Fruto dos sólidos padrões de demanda frente à capacidade de suprimento ameaçada por fatores naturais e geopolíticos.
Continua depois da publicidade
Hipersensibilidade
Esse equilíbrio cada vez mais tênue entre oferta e procura é ilustrado na capacidade produtiva não-utilizada, agora equivalente a cerca de um milhão de barris por dia. Margem essa insuficiente para suportar atos terroristas ou furacões.
Para a Standard & Poor´s, portanto, qualquer evento de médio porte implicando cortes de suprimento será capaz de ocasionar disparadas nos preços. Até os US$ 100 o barril, quem sabe.