S&P corta rating de Minas Gerais para “default seletivo” após estado não pagar serviço da dívida

A agência define default seletivo quando um devedor deixa de pagar uma ou mais de suas obrigações financeiras na data de vencimento delas

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A agência de classificação de risco Standard & Poors rebaixou o rating do estado de Minas Gerais após o governo deixar de pagar o serviço da dívida devidos a bancos domésticos e a agências de empréstimos multilaterais.

A S&P explica que até o dia 15 de fevereiro, o estado teria que quitar essas questões, e que como os contratos destas dívidas não incorporam nenhum período de carência declarado, o critério adotado pela agência estipula que o estado tem cinco dias úteis, após o vencimento, para efetuar o pagamento. Se isso não ocorrer, o rating seria rebaixado para SD (default seletivo).

Até a última sexta-feira (22), este prazo de cinco dias expirou e os credores não receberam os pagamentos e o governo federal também não honrou as garantias dadas a alguns desses empréstimos, explica a S&P.

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“Portanto, rebaixamos os ratings de crédito de emissor de Minas Gerais, de ‘CCC-‘ para ‘SD’ na escala global e de ‘brCCC-‘ para ‘SD’ na Escala Nacional Brasil, indicando que o estado entrou em default em algumas de suas obrigações do serviço da dívida”, explica a agência de risco.

A S&P explica que pode voltar a elevar os ratings do estado se ele quitar estas dívidas (ou o governo federal pagar as garantias dos empréstimos), permanecer em dia com os outros pagamentos do seu serviço da dívida, sendo que ainda dependerá de uma nova avaliação do perfil de crédito pela agência.

A agência define default seletivo quando um devedor deixa de pagar uma ou mais de suas obrigações financeiras na data de vencimento delas.

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“Atribuímos um rating ‘SD’ quando acreditamos que o devedor entrou em default seletivamente em uma emissão específica ou classe de obrigações, mas continuará honrando pontualmente as obrigações de seus pagamentos de outras emissões ou classes de obrigações”, explica a S&P.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.