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O que esperar do S&P 500 neste início de 2023, segundo análise técnica?

Índices americanos podem entrar em Bull Market, caso tenham um fechamento da semana maior que o da máxima semanal deixada

Rodrigo Petry

(Getty Images)

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Depois de acumular uma intensa desvalorização do início do ano passado até meados de outubro, o S&P 500, que reúne as maiores empresas de capital aberto dos EUA, vem passando por um processo de recuperação. No pregão de quarta-feira, encerrou aos 4.117 pontos – maior patamar desde agosto do ano passado.

Ao todo, o S&P 500 acumulou uma queda de aproximadamente 27% – em 2022 até cerca de metade de outubro –, com médias móveis simples de 21 períodos cruzando para baixo da média de 200 períodos e fazendo topos e fundos menores durante todo o tempo.

No entanto, a trajetória do índice vem se alterando, neste início de 2023.

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“O que chamou a atenção nas últimas semanas foi a formação de um fundo maior, mostrando fraqueza na renovação de novas mínimas, seguido do rompimento do topo anterior e da frequência marcada pela linha de tendência de baixa, acionando o início de uma nova tendência de alta”, destaca Matheus Lima, analista técnico da Top Gain.

Análise técnica S&P 500

Fonte: Reprodução Tradingview. Elaboração Matheus Lima

“O que reforça ainda mais a expectativa de alta do S&P 500 é o gráfico semanal, em que mostra que a queda mencionada anteriormente teve fim justamente após o primeiro contato com a média de 200 períodos e agora já volta a negociar acima da média de 21 períodos do gráfico semanal”, acrescentou.

Próximo da resistência

Para o Itaú BBA, os índices americanos estão próximos de entrar em estado de “bull market“, “caso os índices tenham um fechamento da semana maior que o da máxima semanal deixada”.

Conforme os analistas Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta, o S&P 500 está em tendência de alta e precisará superar a importante resistência em 4.205 pontos, antes de abrir espaço para buscar a região de 4.325 pontos.

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Do lado da baixa, acrescentam os analistas, o S&P 500 encontrará suportes em 4.085 e 4.015 pontos – “região que o mantém em tendência de alta.”

Fonte: Relatório de análise técnica do Itaú BBA

O que fazer agora?

Para Lima, no curtíssimo prazo, o ideal seria aguardar uma correção até a média curta no patamar dos 4.000 pontos, para considerar uma compra, “mantendo atenção para os próximos pontos acima de resistência em 4.320 (topo deixado 16 de agosto de 2022) e em 4.630 (topo deixado em 29 de março de 2022).”

“O que definitivamente não pode acontecer, para a continuação dessa tendência de alta, é o rompimento do suporte deixado no 3.790, onde configuraria o retorno dos preços abaixo das médias, voltando a fazer fundos menores e mostrando um interesse maior do vendedor”, acrescentou.

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O que é análise técnica?

Também chamada de análise gráfica, é uma forma de prever os movimentos das ações utilizando-se do histórico delas por meio do gráfico.

A análise se tornou popular com o jornalista Charles Dow, fundador do Wall Street Journal, que também empresta seu nome ao mais tradicional índice acionário dos Estados Unidos, o Dow Jones.

Suporte e resistência

Os suportes são regiões de preço que costumam atrair compradores sempre que a ação atinge aquele patamar. Ou seja, o papel sobe após atingir aquela cotação.

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As resistências, ao contrário, são regiões de preços que costumam atrair vendas. Ou seja, a ação geralmente cai após bater naquela cotação.

Uma regra importante na análise técnica é a da bipolaridade, que significa que o suporte, quando rompido se torna uma resistência e a resistência, quando superada, torna-se um suporte.