“Somos uma empresa de ouro na Bolsa que gera hedge e paga dividendos, além do nosso crescimento”, diz CEO da Aura Minerals

Rodrigo Barbosa participou de live do InfoMoney e falou sobre as perspectivas para o preço da onça do metal e sobre questões de sustentabilidade; assista

Anderson Figo

Publicidade

SÃO PAULO — A empresa canadense Aura Minerals (AURA33), que é gerida por brasileiros e tem foco de produção no Brasil e no México na mineração de ouro, está de olho nos investidores brasileiros. Ela acabou de subir para o nível 3 de BDRs (recibos de ações de empresas estrangeiras na B3), tornando seu papel acessível para a enxurrada de pessoas físicas que estão entrando na Bolsa brasileira.

Segundo o CEO, Rodrigo Barbosa, o ouro vai continuar sendo uma reserva de valor e as perspectivas são positivas. “O ouro é importante na composição das carteiras, ele é anticíclico, quase que um hedge natural para a deterioração das economias e o mundo agora está atravessando algo que jamais atravessou na sua história”, disse. Ele citou que a pandemia chegou a prejudicar o negócio da Aura no segundo trimestre, mas que as operações já retomaram ritmo forte desde julho.

Ele participou nesta terça-feira (17) de uma live no InfoMoney da série Por Dentro dos Resultados, onde executivos de importantes empresas da Bolsa apresentam os principais destaques financeiros do terceiro trimestre, comentam os números e falam sobre perspectivas.

Ebook Gratuito

Como analisar ações

Cadastre-se e receba um ebook que explica o que todo investidor precisa saber para fazer suas próprias análises

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

“A Covid-19 teve impactos de curto e de médio prazos para o nosso negócio. (…) Se por um lado no curto prazo a gente teve sim uma retração de vendas e de receitas, e uma redução das margens, o que tivemos no segundo trimestre, por outro lado, para o médio e longo prazos, a gente traz para os investidores e para a companhia como um todo importantes upsides”, disse.

“A causa é muito ruim, a pandemia como um todo, mas as consequências para o setor de ouro e para as mineradoras acabam sendo positivas. Por quê? Uma vez que a gente consegue operar a full, e a mineração trabalha em ambientes abertos, implementando boas medidas de contenção de aglomeração, a gente não tem problema de demanda. Enquanto outras empresas estão tentando entender onde vai voltar a demanda e como vai recuperar o mercado, a gente sempre vende tudo o que produz. Nós produzimos ouro e ele é comercializado na bolsa de Londres, de Nova York”, completou.

Segundo o executivo, a Aura “está vendendo tudo, está vendendo mais caro e produzindo mais barato, seja porque a gente conseguiu incrementar o nosso volume de vendas e de produção, mas também porque as moedas nos países onde a gente atua, Brasil e México principalmente, acabaram sofrendo desvalorização em função da pandemia”.

Continua depois da publicidade

“A gente acabou conciliando a vontade de alguns acionistas minoritários de venderem as ações com a de fazer um processo de follow on na regra 400, que concluímos na semana passada, para possibilitar a companhia a ser negociada por todos os brasileiros. Trazer uma oportunidade única de investimento no país que é uma empresa de ouro na Bolsa, que vai trazer para o investidor a possibilidade de ter um hedge além de todo o crescimento e dividendo que a gente pode e pretende pagar”, afirmou.

Barbosa falou ainda sobre iniciativas ESG, responsabilidade social e ambiental, pagamento de dividendos, investimentos e perspectivas para o mercado de ouro nos próximos anos. Assista à live acima.

O lado desconhecido das opções: treinamento gratuito do InfoMoney ensina a transformar ativo em fonte recorrente de ganhos – assista!

Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.