Soma (SOMA3) diz que integração com Hering está dentro do planejado; ações sobem após balanço

O foco da integração é abastecer de forma adequada, para não gerar rupturas e recompor a cadeira de fornecimento

Felipe Alves

Hering Mega Store (Foto: Divulgação)

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Adquirida pelo Grupo Soma (SOMA3) em setembro do ano passado, a Hering está em processo acelerado de integração. Todas as iniciativas de fornecimento para franqueados e multimarcas ocorrem nos prazos previstos, segundo o CEO Roberto Luiz Jatahy Gonçalves.

O foco principal agora é abastecer de forma adequada, não gerar rupturas e recompor a cadeira de fornecimento via ampliação do outsourcing, disse ele, acrescentando que há um atraso nas aberturas das megastores, pois existe dificuldade na negociação e na disponibilidade de shoppings para abertura de novas lojas.

“Por enquanto não compromete o plano de negócios. São negociações um pouco mais duras do que esperávamos em setembro do ano passado”, afirmou o CEO, durante teleconferência com analistas para comentar os resultados do primeiro trimestre do Grupo Soma, quando o lucro da varejista cresceu 2,8 vezes.

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As ações da empresa sobem 0,92%, após a divulgação dos resultados, cotadas a R$ 10,96. Para a XP, o Grupo Soma entregou mais um trimestre de forte crescimento e tem mais por vir.

A equipe de análise da XP comenta que o Grupo Soma reportou resultados sólidos, com um forte crescimento de receita e indicações positivas em todas as marcas. XP reitera recomendação de compra e preço-alvo de R$ 21.

Soma (SOMA3): crescimento em todas as marcas

Roberto Luiz Jatahy Gonçalves, CEO do Grupo Soma (SOMA3), destacou ainda a “fortíssima aceleração de vendas do 1T22 do grupo versus os anos de 2021 e 2019”.

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O resultado, segundo Gabriel Silva Lobo Leite, CFO da empresa, foi principalmente em decorrência do varejo físico em geral, tanto em lojas próprias quanto em franquias.

Em relação ao segundo trimestre, a empresa diz que vê manutenção dos níveis de crescimento. “Inclusive as vendas de showroom de atacado seguem no mesmo ritmo. A companhia está com fundamentos sólidos”, afirma Leite.

A grande dificuldade, afirma o CEO Roberto Jatahy, é entender quais impactos terão a alta de juros no Brasil e no mundial no setor.

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“Estamos custando a entender se o mercado vai ter uma desaceleração e como será isso”, afirma ele. Apesar disso, os resultados têm sido positivos até então. O showroom realizado pela Soma em abril foi muito bem, segundo o CEO.

Ainda sobre o 1º trimestre, o sell out teve alta de 60,2% frente o 1T21, com uma expansão de SSS (vendas de mesmas lojas) de 58,9% versus o mesmo período do ano anterior. “Se mantivermos bom ritmo nas entregas, a tendência é que o sell out se mantenha aquecido”, destaca Gabriel Leite.

O período marcou também a maior aquisição de clientes da história da companhia, com destaque para a Farm, o que demonstra, segundo Jatahy, muito ganho de market share, com forte crescimento de SSS (vendas de mesmas lojas).

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O resultado, segundo ele, vem do ganho de mercado e da concentração no período de grandes eventos, como casamentos e festas, que ficaram represados durante a pandemia.

O CFO afirma ainda que houve ganhos de margem mesmo em um cenário desafiador da cadeia de insumos.

Insumos

Jatahy Gonçalves destacou ainda a preocupação da empresa sobre o aumento de custos de insumos, o que, segundo ele, a empresa tem repassado para os consumidores, “mas não deixa de ser um ponto de atenção”.

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O crescimento recorrente dos custos tem pressionado a cadeia de fornecimento do Grupo Soma, mas a companhia tem repassado essas altas sem nenhum tipo de sensibilidade por parte dos consumidores.

“A preocupação é que o sourcing venha a restringir o crescimento das nossas marcas em função dos estoques. Há também a preocupação com o lockdown da China. Temos estoques de segurança, mas tem insumos que são importados por terceiros que podem ter impacto. Ainda não houve impacto, mas há a preocupação”, destaca ele.

Europa e EUA

Questionado sobre a expansão da Farm internacional, o CEO Roberto Luiz Jatahy Gonçalves afirmou que há dificuldade para prever os impactos macroeconômicos no setor nos EUA e na Europa.

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Mas que o Grupo Soma (SOMA3) tem uma expectativa grande com esses mercados e ainda não vê desaceleração.

“Estamos superpreparados para enfrentar qualquer cenário e corrigir qualquer compra pra cima ou pra baixo de acordo com o mercado”, afirma Jatahy.

O CEO desta que a Farm tem tido “crescimento robusto no mercado americano” e que o espaço inaugurado na loja Le Bon Marché, em Paris, em abril, foi um sucesso e a expectativa é positiva.

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