Smiles desaba 38% após Gol não renovar contrato; Petrobras e Vale sobem com ajuste de ADRs

Confira os destaques do mercado na sessão desta segunda-feira (15)

Lara Rizério

Painel de ações (Crédito: Shutterstock)

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SÃO PAULO – A bolsa brasileira voltou do feriado em alta apesar do dia negativo no exterior principalmente por conta do movimento de ajuste aos ADRs (American Depositary Receipts) da última sexta-feira (15).

O índice de ADRs Brazil Titans 20 subiu 2,41% no feriado, com alta dos papéis de Petrobras (PETR4), Eletrobras (ELET3) Vale (VALE3) refletidos nessa sessão. No caso da petroleira, o movimento é intensificado pela nova alta do petróleo em meio à tensão entre EUA e Arábia Saudita e, para a mineradora, atenção para a nova alta na produção, de 10% com relação ao minério de ferro. 

Porém, o grande destaque foi para as ações da Smiles (SMLS3), que desabaram quase 40% após a Gol (GOLL4) anunciar que não renovará o contrato. Confira os destaques do mercado:

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Suzano (SUZB3); Fibria (FIBR3)

A Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou, sem restrições, a união dos negócios entre a Suzano Papel e Celulose e a Fibria. Após a publicação no Diário Oficial da União há prazo de 15 dias para eventual recursos de terceiros e então, o anúncio oficial da aprovação do negócio.  

De acordo com a Superintendência, existem fornecedores alternativos no mercado nacional e há uma possibilidade de desvio de produção exportada para o mercado interno – o que pode aumentar a concorrência.

Além disso, o Cade destacou que há planos de expansão da capacidade produtiva por fornecedores neste mercado em atendimento a clientes domésticos. Em outras palavras, a operação entre as empresas não deverá prejudicar a concorrência no setor de produtos de celulose. 

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A XP Research reiterou a recomendação de compra e preço alvo de R$ 70 após queda excessiva do papel, destacando que a aprovação do Cade da fusão com a Fibria, em conjunto com forte dinâmica de resultados, deve ajudar a dar sustentação ao papel. “A ação da Suzano negocia a um múltiplo muito atrativo de 4,5 vezes o Ebitda, gerando um fluxo de caixa livre de 17,5% em 2019”, aponta a XP Research. 

Na opinião do BTG Pactual, a notícia é positiva e a desvalorização das ações de Suzano deve ser vista como uma oportunidade de compra.

“Apesar de reconhecermos que o acordo ainda possa levar algum tempo para ser concluído, acreditamos que as ações estão fortemente desvalorizadas e que os investidores estão esquecendo dos benefícios do acordo com a Fibria. Para nós, o fato da companhia conseguir produzir um excesso de 50% do seu valor de mercado no fluxo de caixa livre acumulado nos próximos 3 anos é muito bullish para ignorarmos”, escrevem os analistas.

Petrobras (PETR3; PETR4); Engie Brasil (EGIE3)

De acordo com a Bloomberg, a Engie e o fundo canadense Cassie de Depot e Placement du Quebec planejam oferecer US$ 9,0 bilhões para adquirir a TAG da Petrobras. A oferta representa um aumento sobre a última oferta reportada de US$ 8,0 bilhões.

A equipe de Research da XP Investimentos lembra que a empresa e o Governo pretendem usar um instrumento da Lei do Petróleo (Artigo 64), que já autoriza a Petrobras a criar subsidiárias, que podem, por sua vez, associar-se a outras empresas com participação minoritária ou majoritária. 

“Se confirmada, a notícia seria positiva para a Petrobras, que alcançaria 78,5% de avanço do plano de desinvestimento de US$ 21 bilhões até o final de 2018”, escrevem os analistas. 

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GOL (GOLL4); Smiles (SMLS3)

A Gol Linhas Aéreas anunciou na noite de ontem que não pretende renovar o contrato operacional nem o contrato de prestação de serviços de backoffice com a Smiles, que vence em 2032.

Em fato relevante, a companhia anunciou que fará uma reorganização societária, que inclui a criação de ações preferenciais com direitos econômicos majorados em relação às ordinárias da Gol e a venda das ações ordinárias da Gol ao acionista controlador, o Fundo de Investimento em Participações Volluto.

Além disso, a Gol prevê a incorporação da Smiles na Gol, com emissão pela Gol aos acionistas da Smiles de ações preferenciais da Gol da classe atual e de uma nova classe de preferenciais resgatáveis da Gol.

Leia mais:
– Gol não pretende renovar contrato com Smiles e anuncia reorganização societária
O forte impacto negativo do anúncio da Gol para a ação da Smiles

JBS (JBSS3)

A JBS e a sua subsidiária americana foram elevadas de B+ para BB- pela agência de rating Standard & Poor’s, com perspectiva positiva.

Segundo a S&P, “a elevação do rating é reflexo da visão de que a JBS irá manter a atual diligência em relação à sua liquidez ao estender o perfil de vencimento de seu endividamento e reduzir a sua dívida bruta por meio de sua sólida posição e geração de caixa”.

Vale (VALE3)

A produção de minério de ferro pela Vale no terceiro trimestre do ano bateu novo recorde ao somar 104,945 milhões de toneladas, aumento de 10,3% em relação a igual período do ano anterior. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, o aumento foi de 8,5%. No acumulado do ano a produção alcançou 283,652 milhões de toneladas, crescimento de 3,1%.

A Vale informa no relatório de produção que, no terceiro trimestre, alcançou o ritmo de produção de 400 milhões de toneladas anuais. A companhia reiterou, ainda, a meta de produção de 390 milhões de toneladas de minério de ferro para este ano e de 400 milhões de toneladas de 2019 em diante, conforme o divulgado no final do ano passado.

De acordo com a Vale, a produção anual em 2018 ficará em linha com o limite superior do guidance de 50 a 55 Mt. 

A Vale frisou que a qualidade de seu minério de ferro melhorou, sendo que em média alcançou 64% no trimestre em análise, ante 63,8% no segundo trimestre do ano.

Segundo a companhia, o S11D representou no trimestre uma maior participação de vendas de produtos classificados como premium, indo a 79%, ante 77% no trimestre anterior. O ritmo de produção do S11D está em 70% e a produção anual neste ano ficará entre 50 milhões de toneladas e 55 milhões de toneladas, no limite superior do guidance divulgado pela empresa.

O BTG Pactual ressalta que, sazonalmente, este é o trimestre mais forte do ano, mas o relatório corrobora uma tese de resultados acima do esperado no período. A XP Research também reforça os dados sólidos de produção e vendas para o trimestre, fazendo com que a equipe de análise reitere a recomendação de compra. 

Pão de Açúcar (PCAR4)

De acordo com o jornal “O Globo”, o grupo francês Casino está contratando advogas para avaliar uma eventual fusão das operações do Grupo Pão de Açúcar e do Carrefour no Brasil. O objetivo seria avaliar possíveis consequências no Cade de uma fusão entre as rivais. A informação não foi comendada pelo Carrefour e foi negada pelo GPA.

CPFL Renováveis (CPRE3)

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) deferiu o pedido de oferta pública de aquisição de ações da CPFL Renováveis para venda indireta de controle. Agora, a ofertante, State Grid, deverá publicar o edital até 22 de outubro.

A OPA terá 243.602.472 ações ordinárias ao preço de R$ 14,60 cada e o valor será corrigido pela taxa Selic desde a data de fechamento da venda do controle (23 de janeiro de 2017) até a data de liquidação.

RD (RADL3)

O grupo Raia Drogasil decidiu aposentar a sua bandeira de foco mais popular, a Farmasil, após reunião com analistas na última quinta-feira (11).

No lugar, a RD pretende transformar as 20 lojas Farmasil em Raia ou Drogasil com foco no segmento popular. A ideia é deixar os novos pontos mais simples, com equipe mais enxuta do que as lojas tradicionais do grupo e voltados para os genéricos.

Também no encontro, a companhia afirmou que pretende abrir 240 novos pontos em 2019. Atualmente, a rede soma cerca de 1,8 mil no país.

Tim (TIMP3); Vivo (VIVT4)

A Tim e a Vivo anunciaram um acordo para ampliar a cobertura de roaming para serviços 3G. Dessa forma, as empresas irão compartilhar a infraestrutura da rede móvel de terceira geração nos municípios contemplados, ampliando para 570 novas cidades atendidas.

Marfrig (MRFG3)

A Marfrig informou nesta manhã que as atividades da planta frigorífica de Mineiros, localizada no estado de Goiás, foram temporariamente paralisadas devido a um incidente em parte da planta, ocasionado por um incêndio de médias proporções na última sexta-feira (12).

A planta afetada corresponde por 4,5% da capacidade total de abate da empresa e não estava operando no dia do incidente por conta do feriado, desta forma, não houve colaboradores feridos.

De acordo com a Marfrig, a companhia está tomando todas as medidas necessárias para esta situação, sendo que as causas e a extensão dos danos causados estão sendo apurados. 

Embraer (EMBR3)

A Embraer lançou dois novos jatos executivos de porte médio e maior alcance, Praetor 500 e Praetor 600, no último domingo. As aeronaves possuem cabines remodeladas e tecnologia que reduz turbulências, gerando voos mais suaves.

O Praetor 600 será o jato executivo de porte super médio mais avançado, segundo a Embraer. A aeronave poderá fazer voos sem escalas entre Londres e Nova York. O Praetor 500 será capaz de chegar à Europa a partir da costa oeste dos EUA com uma única parada.

Com quatro passageiros e reservas NBAA IFR, o Praetor 600 terá um alcance intercontinental de 3.900 milhas náuticas (7.223 km). O Praetor 500 irá liderar a classe de porte médio, com alcance continental de 3.250 milhas náuticas (6.019 km).

Senior Solution (SNSL3)
A Senior Solution anunciou a aquisição da ConsultBrasil, fornecedora de softwares para os segmentos de bancos, financeiras, corretoras e distribuidoras.

De acordo com Bernardo Gomes, Diretor Presidente da companhia, a aquisição é estratégica porque adiciona novas soluções – SPB, mensageria, Bacen Jud e CCS – que complementam o portfólio da companhia e reforçam a plataforma full banking.

Com Agência Brasil e Agência Estado

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.