Smart Fit (SMFT3): Citi e XP reiteram recomendação de compra para ação, que já sobe mais de 50% em 2023

Recomendação é justificada pelo ao alto potencial de crescimento e retornos consistentes da companhia

Felipe Moreira

Smartfit

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Apesar da forte alta (+53,2%) das ações Smart Fit (SMFT3) no ano, o Citi reiterou que a rede de academias continua sendo uma das suas principais escolhas devido ao seu potencial de crescimento (CAGR, ou taxa de crescimento anual composto, de 17% em 5 anos) e retornos consistentes.

Dessa forma, o banco manteve recomendação de compra para ações da Smart Fit e preço-alvo de R$ 30.

Segundo relatório, a administração da companhia descartou que o crescimento nas grandes cidades esteja limitado, reforçou o plano de abrir 200 academias este ano (50 no 1º semestre de 2023) e indicou um potencial de 3.000 clubes na América Latina, quase três vezes o tamanho atual (1.200).

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Atualmente, cerca de 55% das academias da Smart Fit no Brasil estão localizados nas maiores cidades. Nesse contexto, a administração espera, a longo prazo, diluir essa participação para cerca de 50% (apenas ligeiramente) à medida que continua a crescer nesses locais, juntamente com a expansão para o interior.

Com relação à concorrência, a Smart Fit reconheceu a crescente presença de operadores de clubes com melhor capitalização no Brasil, mas parece improvável que eles comecem a competir por locais premium com jogadores regionais, dada o tamanho do mercado. No entanto, a administração indicou que monitora constantemente as condições de associação para permanecer competitiva.

“No México, a empresa está ainda mais confiante nas oportunidades de expansão, dada a aparente concorrência mais branda”, diz relatório.

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Em termos de estratégia de preços, segundo relatório, a empresa está adaptando os preços das associações do plano “Smart” de acordo com o perfil de renda de cada região (consequentemente, custos de locação), e a ideia é oferecer uma proposta de valor (ou seja, localização e conveniência) que naturalmente incentive os membros do clube a migrar eventualmente para a associação do “Plano Black” (ticket médio mais alto).

Para rotatividade, o negócio está naturalmente exposto a uma taxa de rotatividade “intrínseca” que é mais difícil de gerenciar (ou seja, membros simplesmente não querem fazer exercícios).

“No entanto, a empresa está constantemente trabalhando para melhorar a retenção de clientes por meio de: (i) serviços para melhorar o NPS, (ii) melhorar a experiência do aplicativo (65% de todos os membros do clube atualmente usam o aplicativo); (iii) oferecer associações competitivas e acessíveis; (iv) e aumentar a penetração de membros “Black” (metade da rotatividade em comparação com os membros Smart regulares)”, explica Citi.

A Smart Fit ainda reforçou que está constantemente em busca de oportunidades para reduzir os custos e melhorar a produtividade, a fim de preservar os retornos enquanto mantém os preços de associação competitivos (sem ter que repassar custos mais altos).

Smart Fit: parceria com Cariani cria nova avenida de crescimento

A SmartFit lançou um novo formato de academia sob a marca Nation, focada em atletas e entusiastas do nicho de bodybuilding, em uma parceria com o influencer Renato Cariani.

De acordo com notícias, a mensalidade deve girar em torno de R$ 300 a 400 com 2-3 mil membros por academia e uma potencial base de lojas de até 50 unidades.

Com base nisso, analistas da XP estima que os níveis de ROIC (retorno sobre capital investido) devem ser em linha ou mais altos que os 20% da bandeira Smart Fit. Apesar de pequeno, eles veem o anúncio como positivo, uma vez que adiciona uma avenida de crescimento incremental.

Por fim, a XP Investimentos também reiterou recomendação de compra para o ativo.