SLW troca Cetip por Paranapanema em sua carteira “arrojada” de novembro

Portfólio sugerido pela corretora apresentou valorização de 1,6% em outubro ante queda de 3,6% do Ibovespa

Gabriella D'Andréa

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SÃO PAULO – A SLW Corretora divulgou a carteira de recomendações de perfil arrojado para o mês de novembro. No portfólio entraram as ações da Cetip (CTIP3) e saíram os papéis da Paranapanema (PMAM3). No mês de agosto, a carteira apresentou valorização de 1,6%, enquanto o Ibovespa caiu 3,6%. No ano, a SLW arrojada apresenta um avanço de 15%, contra uma alta de 0,5% do índice no mesmo período.

A corretora justificou a entrada das ações da Cetip dizendo que busca uma correção em curto prazo, já que as ações da companhia registraram queda nos últimos pregões. A expectativa de uma rápida recuperação fez com que a empresa fosse incluída na carteira recomendada de novembro.

As ações da, Anhanguera (AEDU3), Vale (VALE5), Magnesita (MAGG3), Gerdau (GGBR4), BM&FBovespa (BVMF3), Lojas Marisa (AMAR3), Pão de açúcar (PCAR4), Petrobras (PETR4), Suzano (SUZB5), Iochpe Maxion (MYPK3), ALL (ALLL3), MMX (MMXM3) e Vanguarda (VAGR3) continuam na carteira recomendada da SLW. Confira abaixo a justificativa da corretora para a manutenção de cada uma em seu portfólio.

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Anhanguera: no primeiro semestre a companhia já havia demonstrado bom desempenho, mesmo com a leve deterioração das margens de lucros operacionais, em função das últimas aquisições realizadas. No entanto, a corretora enxerga espaço para melhorias operacionais, o que deve refletir em suas ações, que encontram-se defasadas frente a seus pares na bolsa.

Vale: com os últimos resultados prejudicados pela queda do preço do minério de ferro, a empresa viu seu desempenho do acumulado do ano cair quando comparado ao ano anterior. Com isso, a corretora acredita que este fator já está precificado em suas ações. Além disso, os novos ajustes da companhia frente à nova realidade indicam que as ações devem gerar boa rentabilidade em médio/longo prazo.

Magnesita: o aumento de capital e a remodelação de seus negócios através do modelo de precificação, devido ao sucesso obtido com a montagem de equipamentos devem melhorar sua rentabilidade. Além disso, os papéis da empresa estão com preço baixo.

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Gerdau: o cenário ruim para a siderurgia se refletiu nos resultados da companhia. Em sua teleconferência foi anunciada a desistência de um sócio estratégico na mineração e que as reservas de minério são maiores do que havia sido comunicado anteriormente.

BM&FBovespa: a ameaça da entrada de um concorrente, o menor volume financeiro e o risco proveniente de uma dívida milionária não são fatores que assustam a corretora. Devido ao ceticismo do mercado frente a essas ameaças os preços se tornaram convidativos. E com o afrouxamento por parte de órgãos financeiros internacionais, a crença é de que o volume financeiro aumente com a chegada de investidores estrangeiros.

Lojas Marisa: as ações da varejista continuam defasadas frente a seus concorrentes, o que fez com que a corretora as mantivesse na carteira recomendada. Projetos de manutenção para aumentar o faturamento e a rentabilidade devem refletir em resultados mais sólidos para o ano que vem.

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Pão de Açúcar: a rede vem mostrando melhora em suas margens de lucro operacionais e crescimento positivo em sua receita. Outro ponto que destacou foi a conversão de lojas executada ao longo desse ano, o que gerou números melhores.

Petrobras: de acordo com a SLW, os eventos negativos envolvendo a empresa já foram precificados em suas ações. E com o provável aumento de geração operacional de caixa para bancar os investimentos no pré-sal, é esperado um reajuste para o final desse ano e começo do próximo.

Suzano: a corretora voltou a cobrir a empresa, após a emissão de novas ações. O preço delas continua muito defasado, o que faz com que a corretora acredite que haja um novo posicionamento, avalia a SLW.

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Iochpe Maxion: O papel está com preço defasado quando comparado a empresas de autopeças concorrentes, devido à visão pessimista que tomou conta da companhia após a visível melhora do mercado norte-americano.

ALL: São esperados investimentos robustos por parte do governo em infraestrutura, o que deve beneficiar a empresa.

MMX Mineração: As ações da companhia sofreram forte desvalorização no mês passado, o que faz com que a corretora acredite que elas sofram ajuste técnico no curto prazo.

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Vanguarda: Com o período de seca que se instalou nos EUA, a empresa de agronegócio deve ser beneficiada pela alta nos preços do milho e da soja, o que deve impulsionar seus resultados. Esses fatores ainda não foram precificados em suas ações, de acordo com a corretora.

Confira as recomendações para o mês de novembro:

Empresa Ação   Preço-alvo     Upside**     Peso  
Cetip CYIP3 R$ 33,12 42,08% 10%
Anhanguera AEDU3 R$ 37,20  7,83% 10%
ALL
ALLL3 R$ 14,68 52,60% 5%
Vale VALE5 R$ 55,42 50,07% 10%
Magnesita MAGG3 R$ 10,11 35,34% 5%
Iochpe Maxion MYPK3 R$ 33,42  28,54% 10%
Gerdau GGBR4 R$ 20,37 12,67% 5%
BM&F Bovespa BVMF3 R$ 13,61 3,11% 5%
Lojas Marisa AMAR3 R$ 33,00 7,67% 10%
Pão de Açúcar PCAR4 R$ 98,17 6,59% 10%
Petrobras PETR4 R$ 30,93 45,62% 10%
Suzano SUZB5 R$ 10,04 83,88% 5%
Vanguarda VAGR3 R$ 0,70 100% 10%
MMX MMXM3 R$ 10,43 151,93% 5%

** Potencial de valorização com base na cotação de fechamento de 5 de novembro