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A ação da SLC Agrícola (SLCE3) operava com forte alta nesta sexta-feira (27), enquanto investidores assimilavam as projeções da companhia para a safra 2024/2025 divulgadas na noite passada.
Às 12h33, o papel da companhia tinha alta de 6,18%, a R$ 18,72. No fechamento da sessão, o papel valorizou 5,84%, a R$ 18,66.
Em seu guidance, a SLC Agrícola prevê ampliar em 11,4% a área plantada em 2024/25, para 736,9 mil hectares. Desse total, 51,5% receberá soja; 26,3%, algodão; 16,1%, milho e o restante será dividido em outras culturas.
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O crescimento da área plantada é resultado das recentes operações divulgadas, como a ampliação da parceria com o Grupo Soares Penido, a criação da joint venture com a Agropecuária Rica e a celebração de um novo contrato de arrendamento no Piauí.
Com relação aos custos, a companhia disse que os valores orçados para a safra 2024/25 apresentam 5,2% de queda em relação ao orçado da safra 2023/24.
Segundo relatório, a queda reflete principalmente o declínio dos preços dos fertilizantes, defensivos e sementes que possuem uma forte correlação com os preços das commodities.
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SLC: hedge
A SLC também atualizou sua posição de hedge para commodities e câmbio. No caso da soja, 100% da safra 2023/24 está protegida (hedgeada) e 44,90% da safra 2024/25. O preço médio do dólar para a safra 2024/25 está em R$ 5,3922.
O hedge da commodity atingiu 91,9% da safra 2023/24, a um preço médio de US$ 12,36 por bushel. Para a safra 2024/25, 47,8% da produção já foi negociada, com um preço médio de US$ 11,90 por bushel.
Projeções em linha
A XP comenta que as projeções vieram majoritariamente em linha com suas estimativas e ao atualizar seu modelo, observou uma leve desvantagem em relação as suas projeções: o EBITDA ajustado está 2% abaixo da XP (9,5% abaixo do Consensus) e o lucro líquido está 6% abaixo da XP (32% abaixo do Consensus).
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Com a posição vendida (short) em um patamar elevado, a XP acredita que os investidores em posição short estavam preocupados que o guidance da companhia pudesse desencadear uma reação positiva nas ações da empresa.
Por fim, a XP disse permanercer cautelosa em relação ao valuation da companhia, pois, ao incorporar o guidance em seu modelo, projeta que a empresa negocie a 6,6 vezes Valor da Firma (EV)/EBITDA para 2025 (contra uma média de 8 anos de 6,2 vezes) e antecipa um baixo yield de fluxo de caixa (2,5%) para o mesmo ano. Assim, reforçou sua recomendação neutra para SLC.