Simpar (SIMH3) reverte lucro e tem prejuízo de R$ 110,6 milhões no 3º tri

Receita bruta atingiu R$9,3 bilhões, crescimento de 24% ante igual período do ano passado

Lucinda Pinto

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A Simpar (SIMH3), holding que reúne as empresas, Movidas, Vamos e  JSL, registrou um prejuízo líquido de R$ 111 milhões no terceiro trimestre, revertendo assim o lucro líquido de R$ 99,9 milhões observado no período anterior. Em igual período do ano passado, a companhia havia registrado lucro líquido de R$ 111 milhões.

O resultado negativo se explica, segundo a companhia, por um conjunto de fatores, que inclui o aumento das despesas financeiras, o período de ajustes na Movida, os desafios enfrentados pelas concessionárias da Vamos dedicadas ao setor agrícola. Mas segundo o CFO da holding, Denys Ferrez, muitos desses fatores devem sair de cena de agora em diante.

Denys Marc Ferrez, CFO da Simpar: investimento em ritmo acelerado (Divulgação)
Denys Marc Ferrez, CFO da Simpar: investimento em ritmo acelerado (Divulgação)

No caso da Movida, que implementou mudanças importantes em sua estrutura organizacional, controles, processos, governança e produtividade, a expectativa é de que a empresa estará em condição de “normalização” já em 2024. A Movidas representa 40% do capital investido pela companhia e, com os ajustes, a empresa deve começar a se beneficiar os esforços realizados neste ano.

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A Simpar apresentou ainda uma receita bruta recorde de R$9,3 bilhões, um crescimento de 24% ante igual período do ano passado. Já o  Ebitda atingiu R$ 2,1 bilhões, um crescimento de 8% em relação ao terceiro trimestre de 2022. A margem Ebitda alcançou 31,2%.

O nível de alavancagem ainda é elevado mas, segundo Ferrez, reflete uma condição confortável. O indicador de dívida líquida x Ebitda ficou em 3,7 vezes. Mas o total de ativos reais, que soma R$ 41 bilhões, mais do que cobre o volume da dívida, de R$ 30 bilhões, uma relação, portanto, de 1,4 vezes o ativo. “É uma posição confortável, dado que 96% desses ativos são bastante líquidos”, diz o CFO. Se a opção da companhia fosse deixar de crescer, a alavancagem mostraria uma queda importante.

Lucinda Pinto

Editora-assistente do Broadcast, da Agência Estado por 11 anos. Em 2010, foi para o Valor Econômico, onde ocupou as funções de editora assistente de Finanças, editora do Valor PRO e repórter especial.