Shein teria registrado pedido sigiloso de IPO em Hong Kong

Embora Hong Kong permita registros confidenciais desde 2019 — como fez Alibaba —, essa prática era restrita a empresas já listadas em outras bolsas de grande porte

Bloomberg

O site SheIn foi criado em um tablet em Hong Kong, China, na sexta-feira, 21 de maio de 2021. (Foto: Bloomberg)
O site SheIn foi criado em um tablet em Hong Kong, China, na sexta-feira, 21 de maio de 2021. (Foto: Bloomberg)

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A Shein Group Ltd. apresentou de forma confidencial uma minuta de prospecto à bolsa de Hong Kong, segundo pessoas com conhecimento do caso, marcando mais um passo da varejista de moda rápida rumo a se tornar uma empresa de capital aberto.

O pedido informal foi submetido recentemente, ainda sem decisão final sobre data ou valor da oferta, disseram as fontes, que pediram anonimato por tratar-se de assunto sigiloso.

A empresa não respondeu aos pedidos de posicionamento.

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Veículos como Reuters e Financial Times haviam noticiado antes sobre essa movimentação.

Mudança para Hong Kong

Em maio, um relatório da Bloomberg indicou que a Shein avaliava transferir seu IPO de Londres para Hong Kong, já que a autorização das autoridades chinesas para a listagem na capital inglesa estava demorando demais.

Embora Hong Kong permita registros confidenciais desde 2019 — como fez Alibaba —, essa prática era restrita a empresas já listadas em outras bolsas de grande porte. Agora, a bolsa local estendeu essa modalidade a companhias de tecnologia e biotecnologia, adiando a divulgação pública até próximo da data de estreia.

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Apesar de ter sua sede em Singapura, a Shein foi fundada na China continental e ainda depende de aval regulatório chinês para avançar com o IPO em Hong Kong. No início, a empresa mirava uma abertura de capital nos EUA, mas abandonou os planos diante de críticas ao seu controle na cadeia de suprimentos e práticas trabalhistas.

Se confirmada a operação, será mais um sucesso para Hong Kong, que vive o melhor ano para IPOs desde 2021.

Valuada já em US$ 100 bilhões, a Shein viu seu valor despencar devido à concorrência — como da Temu — e às incertezas provocadas por tarifas ao comércio. A Bloomberg já informou que investidores pressionaram por uma revisão para cerca de US$ 30 bilhões para viabilizar a listagem.

Entre os principais investidores estão IDG Capital, Mubadala Investment Co., Tiger Global Management e HSG (antiga Sequoia Capital China).

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