Segundo informações do Banco Central do Brasil, os financiamentos externos em 2000, classificados como investimentos diretos de estrangeiros no país totalizaram US$ 30,6 bilhões. O principal destaque entre os estrangeiros que investiram no Brasil foram os espanhóis, que responderam por 21,3% dos aportes totais, e o principal setor que recebeu estes investimentos foi o de serviços, com 73,3% do total.
A indústria recebeu 23,8% de todo o investimento de estrangeiros no mercado brasileiro, totalizando US$ 7,28 bilhões, enquanto na agricultura, pecuária e extração mineral foram investidos US$ 918 milhões, ou 3,0% do total de 2000. O investimento direto no setor de serviços recebeu US$ 22,43 bilhões vindos do exterior, respondendo por 73,3% do total.
As comunicações ficaram com a maior parte, 33,8% do total, principalmente pela consolidação das atividades das empresas de telefonia de grande porte mundiais nas suas controladas brasileiras; em seguida vieram o setor financeiro, composto tanto por bancos quanto por outras instituições financeiras, com 12,6% dos investimentos diretos. O montante direcionado ao setor financeiro incluiu a aquisição do Banespa pelo Santander, que pagou R$ 7,05 bilhões, ou US$ 3,65 bilhões, convertidos pela taxa de câmbio da época.
Os outros setores em que os estrangeiros investiram foram utilidade pública, energia elétrica e gás (8,4%), comércio (7,3%), Internet (5,4%), investimentos independentes (3,5%) e comunitários (0,8%).
A divisão dos investimentos diretos entre os países investidores é liderada pela Espanha, que em 2000 investiu US$ 6,52 bilhões no Brasil, representando 21,3% do total. Os EUA foram o segundo país que mais investiu no Brasil em 2000, com cerca de 20,6%, seguido por Portugal (10,6%), França (8,2%) e Países Baixos (7,2%). Os 32,1% restantes foram pulverizados entre vários outros países.