Setor de saneamento tem despertado interesse de investidores externos, diz Guedes

"De dez perguntas que me fazem no exterior, sete são sobre saneamento. Existem trilhões esperando projetos no Brasil", disse

Estadão Conteúdo

(Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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O setor de saneamento no Brasil tem despertado o interesse de investidores externos e existem “trilhões” à espera de projetos, que deverão sair do papel assim que for aprovado o novo marco regulatório do setor, atualmente em trâmite no Congresso, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes.

“De dez perguntas que me fazem no exterior, sete são sobre saneamento. Existem trilhões esperando projetos no Brasil”, disse Guedes em evento sobre o saneamento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio.

De acordo com o ministro, nos últimos anos o setor de saneamento entrou em colapso no País, enquanto as tarifas públicas do serviço subiam para manter os salários dos funcionários das empresas estatais elevados. Agora, o BNDES estará à frente para mudar essa realidade.

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“O papel do BNDES é qualitativo; escolher bons projetos, e não emprestar para campeão nacional ou para ideologia amiga”, afirmou em referência aos governos anteriores do PT, que tinham entre os seus projetos criar super empresas para competir no mercado internacional. “Ou criamos bom ambiente regulatório para os investimentos privados acontecerem ou os brasileiros vão começar morrendo cedo”, disse Guedes.

O ministro destacou, ainda, que o Brasil tem mais de 100 milhões de brasileiros sem saneamento e que resolver esse problema também significa preservar o meio ambiente, “que não é só floresta”.

Guedes voltou a criticar o “dinheiro carimbado” do governo, que, segundo ele, fazia sentido no passado, mas que agora precisa ser redesenhado, dando maior autonomia aos Estados e municípios para manejar o orçamento. “A cada ano vamos mandar mais dinheiro para Estados e municípios. Esse é o desenho original de uma bem desenhada democracia”, avaliou.

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Ele descartou que haja conflitos entre os poderes em Brasília que poderiam impedir a implantação de uma política de saneamento no País. “Estou vendo desenvolvimento institucional extraordinário, não há nenhuma razão para pessimismo. O Brasil está corrigindo suas instituições e vai voltar a crescer fazendo a coisa certa”, declarou, afirmando que não adianta o País registrar um grande crescimento rapidamente e depois recuar novamente. “Não adianta forçar o crescimento rápido. É melhor crescer menos de maneira sustentável”, explicou.

Esta semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Produto Interno Bruto do terceiro trimestre, com alta de 0,6% contra o trimestre anterior.

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