Sem surpresas no resultado, investimentos da OHL podem pesar em 2011, diz Citi

Analistas veem balanço como neutro, e se preocupam com a capacidade da OHl de participar de privatização de aeroportos

Isabella de Abreu Silva

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SÃO PAULO – O resultado de 2010 da OHL Brasil (OHLB3), divulgado na última sexta-feria (25), foi visto como neutro pelos analistas do Citigroup. No entanto, apesar do balanço em linha com as estimativas, o banco alerta que as ações da empresa não são mais uma “barganha”. A recomendação é de manutenção, com target de R$ 80,00 – upside de 31,90% em relação ao último fechamento. 

Entre os destaques do ano, a empresa reportou 56,9 milhões de veículos equivalentes, 1,9% acima das expectativas de Stephen Trent e Angela Lieh, analistas do banco. Apesar disso, as tarifas de pedágios médias caíram na comparação anual devido a um maior crescimento dos volumes em rodovias federais, que têm menores tarifas. 

Em relatório, os analistas do Citi afirmam ainda que o avanço de 35,3% para 38,2% da margem Ebtida (relação entre receita líquida e geração operacional de caixa) em 2010 foi beneficiado pela instalação de pedágios eletrônicos.

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Expectativas
A empresa prevê um aumento de 82% nos investimentos em rodovias federais e estaduais para este ano. – o que, segundo o Citi, pode impactar negativamente a empresa.

“Estamos interessados com o potencial das privatizações de aeroportos no Brasil, mas nos preocupamos que o pesado ônus de investimento da OHL em 2011 diminua a capacidade da empresa de participar desses projetos”, completa a dupla.