Sem acordo sobre “fiscal cliff”, Ibovespa deve seguir lateralizado

Além de acompanhar negociações sobre abismo fiscal, mercado deve acompanhar agenda repleta de indicadores nos EUA

Paula Barra

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SÃO PAULO – Seguindo duas fortes altas que levaram o Ibovespa para perto dos 61.000 pontos, o índice voltou a mostrar força no pregão da última quinta-feira (20), ao fechar em alta de 0,46%, aos 61.276 pontos. Contudo, o índice passou boa parte da sessão em queda, virando para o negativo nas últimas horas de negociação. 

O PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano acima das expectativas dos especialistas no terceiro trimestre não foi suficiente para animar o mercado, mas o otimismo de John Boehner, presidente da Câmara dos Deputados norte-americana, ajudou o índice a reverter para alta. 

As medidas do governo para impulsionar a economia puxaram essa arrancada do Ibovespa nos últimos dias, mas as incertezas sobre um acordo para evitar o abismo fiscal ainda prende o mercado neste final de ano, disse o analista Hamilton Moreira Alves, do BB Investimentos.

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O rali de dezembro já mostra as caras, com um avanço de mais de 6% no acumulado do mês, e faz valer sua fama. Nos últimos 15 anos, o índice só apresentou queda no último mês do ano em 1998 e 2011, e mesmo nesses dois anos, os recuos foram compensados por altas expressivas no período seguinte.

Mas para esta sessão, o analista acredita que o índice vai seguir lateralizado, principalmente por conta das incertezas sobre o “fiscal cliff”. A divergência entre republicanos e democratas é, principalmente, sobre o aumento de impostos. Enquanto Obama quer encargos mais altos para salários acima de US$ 400 mil, Boehner quer apenas para aqueles que ganham mais de US$ 1 milhão. 

Com isso, os Estados Unidos seguem no foco do mercado, e conta também com um agenda repleta de indicadores econômicos, com atenção para renda e gasto pessoal referente ao mês de novembro, índices de preços e confiança do consumidor. 

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O analista alerta ainda que como na próxima segunda-feira o mercado brasileiro não abre, se não sair nada novo sobre o “fiscal cliff” até o final da tarde, o Ibovespa tende a ceder um pouco neste pregão.