Santander eleva Vibra (VBBR3) para compra e mantém Ultrapar (UGPA3) como preferida; após alta, ações fecham em leve queda

Analistas esperam fortes resultados no segmento de distribuição de combustíveis nos próximos trimestres

Felipe Moreira

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O Santander espera fortes resultados no segmento de distribuição de combustíveis nos próximos trimestres. Com isso, elevou a recomendação para Vibra (VBBR3) de neutro para outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra), ao mesmo tempo em que reiterou classificação de outperform e preferência pela Ultrapar (UGPA3) no setor.

Com isso, no início da sessão, os papéis chegaram a subir mais de 2% nesta terça-feira (3), mas fecharam em leve queda em um dia de forte aversão ao risco do mercado, que fez o Ibovespa cair 1,42%. As ações VBBR3 fecharam em leve queda de 0,48%, a R$ 18,67, enquanto os ativos UGPA3 caíram 0,11%, a R$ 18,27.

A visão positiva do banco setor reflete ventos favoráveis ​​significativos, como: (i) um ambiente competitivo mais saudável, com menos importações de diesel russo colocando todas as empresas em igualdade de condições e (ii) ganhos de estoque no terceiro trimestre de 2023 (3T23), devido ao aumento dos preços dos combustíveis pela Petrobras (PETR40.

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Além disso, o Santander acredita que um melhor ambiente competitivo levará à recuperação gradual da participação de mercado para Vibra e Ipiranga da Ultrapar.

Ao todo, analistas projetam margens Ebitda (Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, sobre receita) acima de R$ 160 por metro cúbico, ou m³ no 3T23 (dos quais R$ 35-40/m³ estão relacionados a ganhos de estoque), e se manterão em R$ 130-140/m³ em 2024.

Nesse contexto, o banco reitera que os preços mais elevados dos combustíveis irão pressionar o capital de giro, sublinhando a importância do fornecimento estratégico (por exemplo, utilizando importações para um melhor ciclo de caixa).

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Vibra

O Santander elevou Vibra para compra e preço-alvo de R$ 17,50 para R$ 28 (upside de 49%), pois espera que a companhia se beneficie do forte impulso no lucro no segundo semestre de 2023 (2S23), enquanto a Comerc (48,7%) poderá se beneficiar do ramp-up de Helio Valgas.

Do lado financeiro, analistas esperam um sólido rendimento de fluxo de caixa (FCFY) de 13% e rendimento de dividendos (dividend yield) de 8% em 2024.

Como resultado, o time de análise do banco projeta que a Vibra entre em uma fase de desalavancagem que poderá gerar dividendos melhores do que o esperado pelo consenso em 2024 e 2025 . Diante disso, a Vibra está sendo negociada a 7,4 vezes Preço/Lucro para 2024, um desconto de cerca de 38% em relação à sua média histórica de três anos.

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“Apesar da falta de detalhes sobre a estratégia geral – potencialmente a ser anunciada no próximo plano de negócios – o forte impulso de lucros de curto prazo e a história de desalavancagem de médio prazo da Vibra impulsionam a atualização para outperform“, diz Santander, em relatório.

Ultrapar (UGPA3)

A equipe de research do Santander pontua que uma estratégia de holding mais clara e dinâmica (versus a de um conglomerado anteriormente), aliada a um impulso positivo de lucros, sustenta sua preferência relativa pelo papel. A recomendação para a ação segue outperform, com o preço-alvo sendo elevado de R$ 16,50 para R$ 27, ou potencial de alta de 45% em relação ao fechamento da véspera.

O Santander espera que a Ultrapar capture o forte impulso de lucros de curto prazo para (i) distribuição de combustíveis, através da Ipiranga, e (ii) distribuição de GLP (gás liquefeito de petróleo), através da Ultragaz, onde acredita que as margens recentes são sustentáveis.

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Analistas também acreditam que a Ultrapar revisou sua estratégia para uma abordagem mais de holding: “(i) mais ativa na alocação de capital, com melhor retorno sobre capital investido (ROIC); e (ii) foco na gestão dos negócios com os executivos mais adequados, mantendo ao mesmo tempo um pipeline de sucessão”.

Além disso, o balanço patrimonial da companhia permanece robusto, na opinião do banco, pois espera que fortes resultados e entradas de caixa de desinvestimentos se traduzam em uma alavancagem de 1,0 vez Dívida/Ebitda no final de 2024, abaixo da meta da administração de 1,5-2,0 vezes, apontando para um dividend yield sólido de 5% para o ano que vem , com risco ascendente devido à baixa alavancagem.

Com relação à avaliação, o Santander vê a Ultrapar sendo negociada a 11,8 vezes P/L para 2024, um desconto de cerca de 20% e 25% em relação às suas médias históricas de três e cinco anos, respectivamente, enquanto detalhes adicionais sobre iniciativas de crescimento podem ser um catalisador significativo para a ação.