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SÃO PAULO – A segunda-feira começa com diversas recomendações de ações. Em destaque, o Santander elevou o preço-alvo para as ações da Petrobras, enquanto o HSBC rebaixou a recomendação para os papéis da empresa. Já a CCR teve a recomendação elevada pelo Bank of America Merrill Lynch. Confira as revisões de recomendação que agitam esta segunda-feira:
Petrobras (PETR3;PETR4)
O Santander destacou em nota que a política de preços Petrobras, anunciada na última sexta-feira, foi uma mudança de paradigma e elevou o preço-alvo para os ADRs da petroleira para o fim de 2017 de US$ 11,10 para US$ 12,40 (de R$ 17,50 para R$ 23,25). A recomendação segue de compra e o Santander reiterou a Petrobras como “top pick” no Brasil.
“Vemos anúncio da nova política de preços da Petrobras de forma positiva, e vemos como mais uma importante mudança de paradigma para a empresa, refletindo a continuada postura pragmática, orientada ao retorno do novo presidente”, segundo relatório de analistas. “Acreditamos que o foco deverá ser sobre as várias implicações positivas a médio e longo prazo”, dizem os analistas, citando a maior visibilidade e previsibilidade na geração de fluxo de caixa da empresa, aumento da frequência de ajustes e a abertura da porta para que a Petrobras agora comece a perseguir potenciais parceiros para suas refinarias.
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Por outro lado, o HSBC rebaixou a recomendação para as ações da Petrobras de compra para hold.
CCR (CCRO3)
O Bank of America Merrill Lynch elevou recomendação para a CCR de neutra para compra, apontando que os investidores passarão a prestar mais atenção no crescimento da companhia. A expectativa dos analistas é de um crescimento no EPS (Lucro por Ação, na sigla em inglês) de 38% em 2017 e 43% em 2018. Mesmo assim, o papel apresenta uma performance inferior em relação a concorrentes diretos na bolsa, comentam os analistas.
Com a possibilidade de a PEC 241 ser aprovada pelo Senado nos próximos meses e com o afrouxamento na política monetária por parte do Banco Central o crescimento deve voltar a ganhar foco, afirmam os analistas; com isso, os papéis CCRO3 ganham um bom momentum. Adicionalmente, a aprovação esperada de uma Medida Provisória que aumenta as possibilidades de renegociação de investimentos na Nova Dutra pode trazer upside superior ao ativo. O preço-alvo do BofA para a ação é de R$ 19,00.
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Elétricas
O Santander ainda revisou ações de elétricas. As ações da AES Tietê (GETI4) seguem com recomendação de compra, enquanto o preço-alvo passou de R$ 18,70 para 2016 para R$ 18,00 em 2017. Segundo os analistas do banco, a AES Tietê é um bom player de dividendos, com um bom fluxo de caixa esperado para os próximos anos e necessidade baixa de gastos com capital. Além disso, o valuation é atraente e tem um perfil de baixo risco. “Além disso, vemos a recuperação da demanda e do consumo de energia elétrica e, consequentemente, acreditamos que novos contratos continuarão a ser finalizados nos próximos trimestres”, afirmam eles.
Por outro lado, a CESP (CESP6) segue com recomendação neutra, enquanto o preço-alvo passou de R$ 16,50 em 2016 para R$ 17,24 no próximo ano. De acordo com a equipe de análise do banco, o desempenho recente dos papéis ocorreu em meio às notícias de que o governo de São Paulo confirmou a intenção de retomar o processo de privatização da empresa. “Embora acreditemos que este cenário poderia se materializar em um novo acionista controlador que pode criar valor, com custos e disciplina de capital, vemos espaço limitado para um upside levando em conta o nosso valor justo e vemos grande incerteza relativa a créditos a receber do governo federal”, apontam.
Por fim, a Engie (ENGI11) segue com a recomendação de manutenção. Os analistas destacam que a companhia é boa operadora e possui boas margens. Contudo, o valuation segue limitado enquanto os riscos sobre a transferência da hidrelétrica de Jirau limitam o potencial da empresa de participar de grandes leilões. “Se os termos de transferência de Jirau se revelarem atraentes, o potencial de alta pode ser desbloqueado. O preço-alvo passou de R$ 38,33 em 2016 para R$ 46,61 para 2017.
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Cielo (CIEL3)
A Cielo teve a recomendação elevada de equalweight (exposição em linha com a média do mercado) para overweight (exposição acima da média do mercado) pelo Barclays, com preço-alvo de R$ 42,00.
TIM (TIMP3)
A TIM Participações teve a recomendação elevada de equalweight para overweight também pelo Barclays, com o preço-alvo passando de R$ 12,50 para R$ 15,00.
Eletropaulo (ELPL4)
O BTG Pactual reduziu a recomendação para as ações da Eletropaulo para neutra, destacando que as despesas operacionais são a principal preocupação para a companhia. O preço-alvo para os papéis ELPL4 é de R$ 12,00 por ativo.