Santander avalia compra do Banco Original, enquanto Suzano e Fibria estudam Eldorado; recomendações e mais destaques

Confira os destaques do noticiário corporativo desta terça-feira (13)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo segue bastante movimentado, com destaque para as informações sobre potencial venda de ativos do grupo J&F. Recomendações do setor elétrico e mais notícias do setor frigorífico seguem no radar. Confira os destaques desta terça-feira (13):

JBS (JBSS3), bancos e celulose

O noticiário sobre a controladora da JBS, a J&F, segue bastante movimentado. Atenção para duas notícias do Valor Econômico sobre potencial venda de ativos da J&F. 

De acordo com o jornal, o Santander avalia a compra do Banco Original. Com R$ 8,2 bilhões em ativos, o Original é o 40º maior banco brasileiro em ativos, mas conta com uma atuação relevante no agronegócio. O setor é uma das prioridades do Santander desde que o atual presidente, Sergio Rial, assumiu o comando da instituição, no início de 2016. Procurados pela reportagem, o Santander informou que não comenta rumores de mercado e o Original informou desconhecer o assunto.

Já os produtores de celulose do Brasil e de outros países estão se posicionando para apresentar à J&F Investimentos ofertas pela Eldorado Brasil, produtora de celulose do grupo, segundo o Valor. A chilena Arauco contratou o Santander para auxiliá-la na possível compra e, de acordo com uma fonte, já estaria analisando o ativo. A Suzano Papel e Celulose concedeu o mandato a dois grandes bancos brasileiros. A Votorantim, controladora da Fibria, também tem interesse, embora preço e detalhes do acordo de leniência firmado pela J&F possam ser empecilhos a uma oferta vinculante, de acordo com o jornal. O grupo já conta com a assessoria do banco Morgan Stanley. A J&F informou que não comenta o assunto. O jornal também destaca que, após a Petrobras rescindir o contrato de suprimento de curto prazo que mantinha com a Âmbar Energia, a empresa do grupo J&F busca contrato de gás com a Bolívia. 

Por fim, após notícia da Folha de S. Paulo de que  ameaça deixar as negociações com a JBS e cobrar antecipadamente cerca de R$ 1 bilhão que tem a receber da empresa, o Itaú Unibanco negou que esteja endurecendo nas negociações. Em nota, afirmou que “não há nenhum movimento nesse sentido”. De acordo com o jornal, a  intenção foi manifestada ao grupo de bancos que discute a renovação de empréstimos feitos às empresas da família Batista, citando executivos do alto escalão de duas instituições envolvidas nas conversas.

Minerva (BEEF3)

Ainda no setor frigorífico, destaque para duas notícias de Minerva. A companhia confirmou emissão de US$ 350 milhões a cupons de 6,50% por meio da subsidiária Minerva Luxembourg, disse a companhia em comunicado. A empresa disse que os  títulos serão colocados a 98,286% do valor de face.

Além disso, as delações dos irmãos Batista – Wesley e Joesley – donos da JBS/Friboi, controlada pela holding J&F, estão levando os principais concorrentes do grupo no Brasil a considerar a reabertura de unidades no Centro-Oeste, sobretudo em Mato Grosso, onde se concentra o maior abate de gado no País, destaca o Estadão. O jornal apurou que o Minerva, terceiro maior frigorífico do Brasil, vai reativar a unidade de Mirassol D’ Oeste, no MT, que estava parada desde 2015. O Marfrig, segundo fontes, também estuda reaberturas.

Copasa (CSMG3)

A Copasa informou que a Arsae (Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais) divulgará o resultado final da revisão tarifária da estatal mineira no dia 30 de junho, a partir das 17h. A previsão era de que a revisão fosse divulgada hoje.

“A Agência informou que tal fato se deve ao grande volume de contribuições recebidas durante a Audiência Pública 15/2017, o que demandou maior prazo para a conclusão dos cálculos”, informou a Copasa.

Sanepar (SAPR4)

A Dominó Holdings solicitou transferência da totalidade das ações ON que detém na Sanepar aos acionistas Andrade Gutierrez Concessões e Copel Comercialização, segundo comunicado. Andrade Gutierrez Concessões receberá 8,28 milhões de ações ON. A Copel Comercialização receberá 7,96 mi de ações ON.

Oi (OIBR4)

Segundo o Valor, nas conversas que vem mantendo com seus “bondholders”, a Oi ofereceu uma melhor condição de troca de dívida e também negocia entregar uma fatia de capital maior da empresa a esses credores, além de um aumento de capital da ordem de R$ 8 bilhões.

Petrobras (PETR3;PETR4)

Foi aprovada a resolução que fixa fatia da Petrobras em licitações. A resolução fixa que participação obrigatória da Petrobras, como operador, ocorrerá com 30% na área unitizável ao Campo de Sapinhoá, a ser licitada na Segunda Rodada de Licitações.

O mesmo percentual valerá para cada uma das áreas de Peroba e de Alto de Cabo Frio -Central, a serem licitadas na Terceira Rodada de Licitações
Resolução está no Diário Oficial. Em 25 de maio, a estatal informou que decidiu exercer direito de preferência 2ª e 3ª rodadas.

Recomendações

O JPMorgan revisou as recomendações do setor elétrico. AES Tietê (TIET11) e Equatorial (EQTL3) tiveram recomendação elevada de neutra para overweight pelo JPMorgan. A Transmissão Paulista (TRPL4) foi rebaixada de overweight para neutra enquanto a Eletropaulo (ELPL4) é rebaixada de neutra para undeweight pelo banco americano. 

Usiminas (USIM5)

A Usiminas informou na segunda-feira que sua controlada Mineração Usiminas (Musa) vai retomar a produção em duas unidades de tratamento de minério em Itatiaiuçu (MG).

Segundo a Usiminas, a medida elevará a produção atual da Musa em 800 mil toneladas de concentrado de minério de ferro em 2017, destinada ao mercado externo, com volume de embarques em 2018 da ordem de 3,5 milhões de toneladas.

“Com isso, a Musa espera contratar 350 novos empregados, priorizando ex-empregados, que foram desligados em razão do cenário econômico ruim para o setor ao longo de 2015 e 2016”, diz trecho do comunicado.

BR Malls (BRML3)

BR Malls International Finance Limited resgatará “todo e qualquer” título perpétuo garantido de cupom 8,50%, segundo comunicado. A data de resgate será em 21 de julho. A companhia pretende resgatar total em circulação.

IMC (MEAL3)

A IMC aprovou redução de capital de R$ 48,3 milhões e paga R$ 0,30 por ação.

(Com Reuters, Agência Brasil, Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.