Sanções ao diesel russo podem pressionar margem das distribuidoras de combustíveis

Distribuidoras no Brasil estão em busca de novas fontes de suprimento de diesel após as sanções impostas pelo Reino Unido a uma empresa russa de comercialização de energia

Felipe Moreira

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As distribuidoras de combustíveis no Brasil estão em busca de novas fontes de suprimento de diesel após as sanções impostas pelo Reino Unido a uma empresa russa de comercialização, a 2Rivers (antiga Coral Energy Group).

Segundo a Folha de S. Paulo, o Brasil importa cerca de 20% do diesel que consome e, deste total, cerca de 80% é fornecido atualmente pela 2Rivers, citando dados da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Para efeito de contexto, aproximadamente 25% da demanda interna brasileira é suprida por importações, enquanto o restante vem de refinarias locais — sobretudo da Petrobras (PETR4).

O Goldman Sachs avalia a notícia como negativa, pois uma fonte de suprimento mais cara pode acirrar o ambiente competitivo, uma vez que a eventual substituição do diesel russo — tradicionalmente mais barato — pelo produto da Costa do Golfo tende a reduzir a competitividade das maiores distribuidoras.

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Segundo o Goldman, isso pode levar a margens pressionadas e/ou perda de participação de mercado, somando-se a outros fatores adversos previstos para o segundo trimestre, como perdas de estoque (em função dos recentes cortes de preços promovidos pela Petrobras) e a continuidade do efeito de excesso de oferta observado no primeiro trimestre.