Sabesp (SBSP3) tem lucro líquido de R$ 422,4 milhões no segundo trimestre, queda de 45,4% na base anual

Recuo de lucro é explicado, principalmente, por pior resultado financeiro, que saiu de saldo positivo para R$ 324,4 milhões negativos

Vitor Azevedo

(Divulgação/Sabesp)

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A Sabesp (SBSP3), Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, lucrou R$ 422,4 milhões de forma líquida no segundo trimestre de 2022, número 45,4% menor do que os R$ 773,1 milhões registrados no mesmo período do ano passado.

O recuo da lucratividade se dá mesmo com receita operacional líquida saltando 14,6%, para R$ 5,2 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) também avançou, com alta de 3,9% no ano, para R$ 1,5 bilhão.

O pior lucro é explicado, em grande parte, pela deterioração do resultado financeiro, negativo em R$ 324,4 milhões, ante saldo positivo de R$ 248,8 milhões entre abril e junho de 2021 – este explicado, principalmente, por variações monetárias.

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“Os principais impactos nas despesas financeiras se deram pelo acréscimo de R$ 109,2 milhões nos juros e encargos sobre empréstimos em moeda nacional, com mais juros sobre debêntures e aumento na taxa média do DI”, explicou a companhia no documento publicado na noite desta quinta-feira (11).

Já a alta da receita é justificada pela Sabesp, principalmente, por conta do reajuste tarifário médio de 7% em maio de 2021 e de 12,8% em maio de 2022, bem como por avanço de 1,8% do volume faturado total – com destaque para o setores comercial e público, que cresceram, respectivamente, 16,8% e 41% no ano, normalizando por conta do enfraquecimento da pandemia.

Do lado dos gastos, a Sabesp viu seus custos, despesas administrativas e comerciais crescerem 17,8% no ano, chegando a R$ 4,3 bilhões.

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“Houve um acréscimo de R$ 97,7 milhões nos gastos com salários, para R$ 776 milhões, ocasionado em sua maioria pela aplicação de 1% referente ao Plano de Cargos e Salários em fevereiro de 2022 e reajuste salarial médio de 12,9% em maio de 2022”, explica a estatal. “Em materiais gerais, o acréscimo de R$ 31,5 milhões, para R$ 109,5 milhões, é explicado pela manutenção de sistemas, alta de combustíveis e lubrificantes e com conservação de imóveis”.

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