Rússia reduzirá novamente o fluxo de gás da Europa via Nord Stream, informa Gazprom

A redução na capacidade do gasoduto - de 40% atualmente para 20% - deve entrar em vigor na madrugada de quarta-feira

Equipe InfoMoney

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A produtora estatal russa de energia Gazprom disse que as exportações de gás natural através do vital gasoduto Nord Stream cairiam para cerca de um quinto da capacidade (20%), culpando problemas com uma turbina e levantando novas questões sobre a capacidade da Europa de estocar gás suficiente para o inverno.

A redução na capacidade do gasoduto – de 40% atualmente para 20% – deve entrar em vigor na madrugada de quarta-feira (27), disse a Gazprom.

A declaração ajudou a elevar os preços do gás europeu para 175,74 euros por megawatt-hora, o equivalente a cerca de US$ 180. Os valores mais que dobraram neste ano e os analistas esperam que continuem subindo à medida que o inverno se aproxima, aumentando a inflação que está pressionando economias, governos e mercados financeiros na região.

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A Gazprom reduziu no mês passado os fluxos para 40% da capacidade do Nord Stream 1, culpando a falta de uma turbina que estava parada no Canadá devido a sanções ocidentais. A gigante de energia russa também justifica a redução com questões técnicas com turbina.

No início deste mês, a Gazprom interrompeu completamente o Nord Stream 1 para manutenção de rotina previamente planejada. Na semana passada, o duto voltou a funcionar, mas o presidente russo, Vladimir Putin, alertou que as sanções ameaçavam forçar a Gazprom a reduzir ainda mais os fluxos.

Os líderes ocidentais estão se preparando para a possibilidade de que os fluxos de gás natural russo através do principal gasoduto Nord Stream nunca retornem aos níveis máximos.

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Autoridades do governo europeu e empresas dizem que Moscou está pressionando a economia da Europa, de forma a incentivar os líderes da região a recuarem no apoio militar e financeiro a Kiev.

Dmitry Peskov, secretário de imprensa do Kremlin, rejeitou as acusações de que a Gazprom interviu no fornecimento de gás para a Rússia obter influência política.

“A Rússia é um fornecedor responsável de gás”, disse ele a repórteres na segunda-feira, antes do anúncio da Gazprom, segundo a agência de notícias russa Interfax. “Não importa quem diga o que, seja a Comissão Europeia, as capitais europeias ou os EUA, a Rússia foi, é e será um país que garante a segurança energética na Europa em grande medida.”

A nova redução planejada complica os esforços da Europa para encher seu armazenamento de gás antes do inverno. Sem gás suficiente nos meses mais frios e de maior demanda, os governos disseram que podem ser forçados a racionar energia. A frágil economia do continente pode afundar em recessão, alertaram analistas e autoridades.

Berlim elaborou planos para distribuir gás a consumidores, hospitais e outros setores críticos, enquanto potencialmente deixa a indústria com falta de suprimentos. Para muitas empresas em setores dependentes de gás, como a indústria química, o racionamento significaria interromper completamente a produção, arriscando cortes de empregos e derrubando cadeias de suprimentos em todo o mundo.

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