Rússia lança foguetes em Mariupol, enquanto União Europeia prepara sanções sobre petróleo

Mariupol é um dos principais alvos da Rússia, que busca separar a Ucrânia do Mar Negro e conectar o território controlado pela Rússia no sul e no leste

Reuters

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KIEV/LVIV (Reuters) – Forças russas dispararam foguetes contra a siderúrgica cercada em Mariupol, na Ucrânia, e a fumaça escureceu o céu acima do complexo, onde autoridades dizem que 200 civis ainda estão presos apesar das retiradas, enquanto a União Europeia se prepara para sancionar o petróleo russo.

Imagens da Reuters mostraram rajadas de foguetes disparados de um lançador russo montado em caminhão nos arredores da cidade de Mariupol, ocupada pelos russos.

O ataque ocorreu após um cessar-fogo mediado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em torno do complexo siderúrgico da era soviética que permitiu que vários grupos de civis escapassem nos últimos dias do último reduto de combatentes ucranianos na cidade portuária do sul do país.

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Mais civis estavam presos em bunkers e túneis sob o complexo e cerca de 100.000 permaneciam no restante da cidade, disse o prefeito Vadym Boychenko nesta terça-feira.

“Você acorda de manhã e chora. Você chora à noite. Eu não sei para onde ir”, afirmou Tatyana Bushlanova, moradora de Mariupol, sentada ao lado de um bloco de apartamentos enegrecido e falando em meio ao som de bombas explodindo nas proximidades.

Mariupol é um dos principais alvos da Rússia, que busca separar a Ucrânia do Mar Negro e conectar o território controlado pela Rússia no sul e no leste.

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A ofensiva da Rússia no leste da Ucrânia, focada nas regiões de Donetsk e Luhansk, matou pelo menos três civis na cidade de Vuhledar, disse o gabinete do presidente ucraniano. Os militares da Ucrânia disseram que as forças russas estão tentando tomar a cidade de Rubizhne, na linha de frente.

Os bombardeios russos desde que as tropas invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro arrasaram cidades, mataram milhares de civis e forçaram mais de 5 milhões a fugir do país.

A guerra se deslocou para as províncias do leste, partes das quais já estavam sob controle de separatistas apoiados pela Rússia antes de o presidente russo, Vladimir Putin, lançar a invasão, depois que a Rússia abandonou um ataque a Kiev no final de março.

Suas tropas estão tentando cercar uma grande força ucraniana lá, atacando de três direções com grande bombardeio ao longo do front, no que Moscou diz ser uma operação militar especial para combater nacionalistas que chama de nazistas.

Em resposta, os aliados ocidentais da Ucrânia aumentaram o fornecimento de armas cada vez mais pesadas. A primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, pediu ao Ocidente que mantenha seu apoio.

“A Ucrânia precisa de armas para que os refugiados ucranianos possam voltar para casa e reconstruir a economia. Portanto, pedimos a vocês que não parem, que acelerem o ritmo do fornecimento de armas pesadas”, afirmou ela à televisão britânica.

Ela disse que não via o presidente Volodymyr Zelensky desde o início da invasão.

Em Bruxelas, espera-se que a Comissão Europeia finalize um sexto pacote de sanções da União Europeia contra a Rússia nesta terça-feira, incluindo um possível embargo à compra de petróleo russo. Em uma grande mudança, a Alemanha disse estar preparada para apoiar um embargo imediato da UE ao petróleo russo.

A Comissão Europeia pode poupar a Hungria e a Eslováquia do embargo por causa da dependência dos dois países do petróleo russo, disseram duas autoridades da UE na segunda-feira.

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