Uma autoridade regional russa disse nesta quarta-feira (6) que guardas de fronteira foram atacados na região de Kursk, na fronteira com a Ucrânia, enquanto na cidade russa de Belgorod, que fica perto da cidade ucraniana de Kharkiv, o prefeito diz que escolas foram esvaziadas após uma ameaça de bomba.
A Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro com milhares de soldados, agora acusa o país vizinho de atacar alvos russos do outro lado da fronteira. O governo russo proíbe o uso da palavra “guerra” para descrever o conflito e o chama de “operação militar especial”.
“Eles tentaram disparar morteiros contra a posição de nossos guardas de fronteira no distrito de Sudzhansky”, afirmou Roman Starovoit, governador da região de Kursk. “Os guardas de fronteira russos responderam. […] Não houve vítimas ou danos do nosso lado.”
A Reuters não pôde verificar imediatamente o relato do governador russo.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que ainda não tinha detalhes dos incidentes nas duas regiões russas, mas descreveu os relatos como “graves”.
Em resposta a uma pergunta sobre o incidente na fronteira, um porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia afirmou: “Não temos essa informação”.
Relatos da fronteira
O governador russo disse que as autoridades estão em contato com o Ministério da Defesa e que pediram aos cidadãos que mantenham a calma.
À agência de notícias russa RIA, Starovoit disse que os morteiros disparados contra a fronteira de Sudzha não chegaram ao território russo.
O prefeito de Belgorod, cidade russa de a cerca de 35 km da fronteira com a Ucrânia e a 83 km de Kharkiv, disse que as escolas foram esvaziadas após receberem ameaças de bomba.
“Entendemos que isso faz parte da pressão de informação contra nossa região”, afirmou Anton Ivanov, sem dizer quem ele acha que foi o responsável pelas ameaças.