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A Rússia anunciou nesta quinta-feira (10) sua saída do Conselho da Europa, organização de direitos humanos com sede em Estrasburgo, na França. O país já estava suspenso da entidade desde 25 de fevereiro, devido à invasão à Ucrânia.
“O curso dos eventos se tornou irreversível, e a Rússia não tem nenhuma intenção de aturar as ações subversivas do Ocidente”, justificou o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, citado pela agência de notícias estatal Tass.
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O chanceler afirmou que a saída do Conselho da Europa se deve ao “comportamento hostil” dos países europeus e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em relação ao país.
“Os membros da União Europeia e da Otan estão abusando de sua absoluta maioria no comitê de ministros do Conselho da Europa. A Rússia não tomará parte na tentativa da Otan e da UE de transformar a mais antiga organização europeia em mais um lugar de exaltação da supremacia e do narcisismo do Ocidente”, criticou Lavrov.
O Conselho da Europa foi fundado em 1949 e reúne agora 46 Estados-membros (já sem a Rússia). Seu objetivo é defender os direitos humanos e a democracia no continente, abrigando inclusive um braço jurídico, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH).