Roubini diz estar “cautelosamente otimista com o Brasil”

"Eu estou cautelosamente otimista com o Brasil. Até porque, a alternativa de desistir do ajuste seria o desastre", afirmou

Estadão Conteúdo

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O economista Nouriel Roubini afirmou nesta quarta-feira, 28, em um fórum promovido pelo Credit Suisse em São Paulo, que o novo governo da presidente Dilma Rousseff poderia implementar reformas estruturais marginais, o que “não é suficiente”. Ele explicou que o ajuste fiscal levará a menor crescimento, desemprego e inflação no curto prazo, o que pode fazer o governo a desistir das correções que estão sendo realizadas.

“Eu estou cautelosamente otimista com o Brasil. Até porque, a alternativa de desistir do ajuste seria o desastre”, afirmou. Segundo ele, se o governo optar por esse caminho, isso levaria a uma “queda livre” do câmbio, perdas no mercado acionário, elevação dos juros nos títulos soberanos e, em última instância, a perda do grau de investimento.

Segundo Roubini, a inflação este ano no Brasil deve ficar mais perto de 7% do que do teto da meta, de 6,5%, apesar de o Banco Central se mostrar mais comprometido com o centro da meta agora do que acontecia antes. Ele também disse que os investimentos no Brasil este ano devem ser muito fracos, porque ainda vai levar tempo até o setor privado reconquistar a confiança. O economista comentou que os investidores domésticos parecem muito mais céticos com o governo do que os estrangeiros, que têm uma visão um pouco mais construtiva.

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Roubini comentou que teve a chance de cruzar com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do BC, Alexandre Tombini, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, além de também ter tido acesso aos pensamentos do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. Segundo ele, a nova equipe econômica parece bastante comprometida com o ajuste fiscal. “As coisas estão difíceis no Brasil, mas acredito que, com as políticas sendo implementadas passo a passo, poderemos ver uma luz no fim do túnel”, comentou.